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Polícia investiga ex-assessor de Bolsonaro por suspeita de branqueamento de capitais

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A Polícia Federal brasileira está a investigar, por suposto branqueamento de capitais, o antigo ajudante de campo do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, detido na semana passada por uma alegada manipulação de dados envolvendo vacinas anti-covid-19.

Numa busca realizada em casa do coronel Mauro Cid, no âmbito de uma operação por suposta manipulação de dados do Ministério da Saúde alegadamente realizado por altos funcionários do antigo Governo, que fingiram ter sido vacinados contra o coronavírus, a polícia encontrou uma grande quantidade de dinheiro.

Segundo esta investigação, os perfis vacinais de Bolsonaro, de alguns parentes e aliados, teriam sido manipulados para poder contornar as restrições impostas por alguns países, como os Estados Unidos. Nessa operação, seis homens do círculo do ex-presidente foram presos.

Entre os presos está o coronel Cid, que trabalhava como auxiliar de Bolsonaro e que é também investigado no caso das joias sauditas que Bolsonaro supostamente pretendia incluir no seu património pessoal, burlando as normas que determinam que este tipo de objeto seja incorporado ao património público e também leis aduaneiras do país.

Durante buscas na semana passada, os agentes da Polícia Federal encontraram 35 mil dólares (31,7 mil euros) num cofre que Cid tinha na sua casa.

A polícia investiga de onde vem esse dinheiro e descobriu que o ex-assessor de Bolsonaro o retirou em março de uma conta bancária que tem num banco em Miami, EUA, segundo o jornal 'O Globo'.