Bombardeamentos russos deixam seis regiões sem electricidade
Os últimos bombardeamentos russos causaram cortes de eletricidade nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporijia (sul), Donetsk, Kharkiv (leste), Sumi e Chernigiv (norte), a maioria localizadas perto das frentes de combate, disse hoje o Ministério da Energia da Ucrânia.
"Devido aos bombardeamentos, os consumidores nas regiões de Kherson, Kharkiv, Zaporijia, Donetsk, Sumi e Chernigiv permanecem sem eletricidade", segundo o Ministério.
"Felizmente, os maciços bombardeamentos noturnos na região da capital Kiev e na região de Odessa [sul] não causaram danos à infraestrutura energética", anunciou a instituição no Telegram.
Sempre que a situação o permite, os trabalhadores do sistema elétrico estão a tentar restabelecer o abastecimento, disse a instituição, acrescentando que ao longo do dia mais de 24.500 consumidores já foram ligados de novo à rede.
Ao longo do último dia, as forças russas lançaram 16 mísseis contra alvos ucranianos, segundo a agência Ukrinform, em particular contra as regiões de Kharkiv, Kherson, Mykolaiv e Odessa.
Além disso, foram registados 61 ataques de caças-bombardeiros, 52 impactos de 'rockets' e 35 'drones' suicidas abatidos pelas forças armadas ucranianas, segundo as suas próprias informações.
Dois civis ficaram feridos em Kherson e outros dois em Donetsk como resultado desses ataques, enquanto, de acordo com o presidente da Câmara de Kiev, Vitaly Klitschko, quatro cidadãos sofreram ferimentos leves na queda de fragmentos de 'drones'.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.