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Cá e Lá!

Hoje, liderado por um economista de formação, esperava-se que fossem mais aplicados e estudassem melhor as fontes existentes, já que preferem falar mais de números do que de pessoas

1 – Belém e São Bento estão em guerra? Os Portugueses também: com a inflação! Depois de uma maioria absoluta conseguida há pouco mais de um ano, temos um Governo tão mau que está a empobrecer Portugal. Um governo de casos e casinhos com demissões, exonerações e indemnizações chorudas. Um governo que tem responsáveis sem capacidade, credibilidade e autoridade para exercerem os cargos que ocupam. Um Governo que tem, imagine-se, um ministro que foi “enxovalhado” publicamente, com factos pessoais e políticos, através de uma comunicação ao País feita pelo Presidente da República. No dia seguinte, pasme-se, depois de ouvir o que ouviu, é ainda ministro. O Presidente da República, que vem do espectro político da direita, foi nos últimos anos o principal aliado político de Costa. Por vezes, nas suas inúmeras opiniões e reflexões políticas, desvalorizou aqueles que, hoje na oposição, são uma alternativa credível.  Ameaçou tanto com a dissolução e agora diz que é o “último fusível”. Vamos aguardar! 2 – Dois convidados: Um pelas funções outro pelo mérito! Sendo republicano convicto, o motivo pelo qual faço referência à coroação do Rei Carlos III no Reino Unido não é o evento em si, apesar de reconhecer o momento histórico de extrema relevância no país com o qual temos a aliança diplomática mais antiga do Mundo, ainda em vigor. A cerimónia da coroação reuniu cerca de 2000 convidados, entre membros da realeza, líderes internacionais e outros convidados representantes dos vários espectros da sociedade. Segundo parece, portugueses houve dois convidados: um esteve a representar o Estado Português, o Presidente da República, convidado pelo cargo que ocupa; o outro foi o madeirense Maciel Vinagre, convidado pelo reconhecimento pelos serviços prestados naquele país, motivo pelo qual foi distinguido com a Medalha do Império Britânico pelo esforço na prevenção e contenção da infeção por Covid-19 nos hospitais britânicos. É sempre importante para todos nós, Madeirenses, sentir que os nossos conterrâneos na diáspora, com o seu trabalho, dedicação e esforço, são reconhecidos nos países para onde tiveram, um dia, de partir em busca de uma vida melhor.  3 – O PS Local e os números!  O PS local, à falta de ideias e de melhores assuntos, “desenterrou”, não se sabe de onde, uma estatística que refere que a diferença salarial entre a Madeira e a média do País é de 300 euros. Hoje, liderado por um economista de formação, esperava-se que fossem mais aplicados e estudassem melhor as fontes existentes, já que preferem falar mais de números do que de pessoas. Vamos aos factos: o INE publica, trimestralmente, a remuneração média mensal e calcula os dados para o País. A verdade é que, em 2022, a nossa diferença para o País era de 62 €, e não de 300 €. Este diferencial é explicado basicamente pelos salários das regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, centros urbanos que têm mais peso, no Todo Nacional, e salários, em média, mais elevados, como aliás acontece na generalidade dos países. No entanto, a liderança do PS podia “ajudar” a melhorar os números se nos municípios liderados por socialistas, Porto Moniz e Ponta do Sol, os ganhos médios mensais não fossem inferiores a 1000 euros, segundo estatísticas publicadas pelo INE reportadas a 2021. Já agora, em Câmara de Lobos, em 2013 o valor era de € 887,4 € e em 2022 passou a ser de 1028,8 €, um crescimento de 15,9%. Em Machico, o crescimento foi de 8,8% no mesmo período. Não fosse a Zona Franca Industrial… 4 – Banco Alimentar da Madeira: Juntos, vamos alimentar a Esperança! No passado fim-de-semana decorreu mais uma campanha de recolha de bens alimentares pelo Banco Alimentar contra a Fome. Também a nível regional foi organizada esta campanha nas superfícies comerciais dos vários concelhos. Tive a oportunidade de verificar a ação do Banco Alimentar da Madeira em algumas dessas superfícies alimentares, bem como de visitar o armazém e perceber toda a dinâmica e logística necessária para levar a cabo uma campanha desta envergadura. Para além de ter constatado a enorme generosidade e solidariedade dos Madeirenses quando chamados a doar para ajudar aqueles que mais precisam, aquilo que mais me deixou sensibilizado é a generosidade de todos os Voluntários que doam o seu tempo, durante um fim-de-semana, para que seja possível que tudo aconteça. De facto, sem o trabalho abnegado destes cerca de 600 Voluntários, não haveria campanha, e sem recolha destes alimentos, não haveria ajuda para aqueles que, por uma razão ou outra, precisam de auxílio nalgum momento da sua vida. Deixo ainda a nota de que, quem ainda quiser contribuir, poderá fazê-lo online (www.alimentestaideia.pt) ou através da “Ajuda Vale”, adquirido nos supermercados com um código de barras específico. 5 – Seminário de Educação em Câmara de Lobos Uma Luz para o Futuro foi o mote para a realização do IX Seminário de Educação, em Câmara de Lobos, que decorreu nos dias 5 e 6 deste mês. Ouvi vários especialistas afirmarem que, mais do que “ensinar” no sentido hierárquico do termo, temos que capacitar os nossos alunos, fornecendo-lhes experiências que promovam o desenvolvimento das suas capacidades e conhecimentos para que se tornem verdadeiros agentes da mudança. Que é preciso apostar numa cultura de inovação, dando enfase à importância da experimentação, da aprendizagem contínua, de forma a promover uma mentalidade que capacite os jovens a enfrentarem, não só os desafios do mundo contemporâneo, mas aqueles desafios que ainda não fazemos ideia que possam surgir. O meu reconhecimento público a Todos quantos partilharam as suas reflexões com o propósito de construir um Mundo melhor!