“Queremos é salvaguardar os munícipes de Câmara de Lobos”
Reacção de Pedro Coelho à notícia de que esgotos do Funchal vão ser tratados e desaguar em Câmara de Lobos
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos garante que ainda não é um dado adquirido que os esgotos do Funchal vão ser tratados e desaguar em Câmara de Lobos.
Embora admita que as águas residuais da zona Oeste da capital madeirense venham a ser canalizadas para ETAR construída junto à baía de Câmara de Lobos, o autarca do PSD lembra que ainda não há acordo (tripartido) assinado e que o mesmo só será assinado pelo seu Executivo com as devidas garantias de salvaguarda para o seu concelho.
O DIÁRIO noticiou na edição de hoje que acordo tripartido, que envolve também a ARM, seria discutido esta quinta-feira em reunião de câmara do Funchal.
Esta tarde, à margem de visita a obra viária na zona alta de Câmara de Lobos, Pedro Coelho ‘torceu o nariz’ quando instado a falar do assunto, com o argumento de não querer fazer comentários até que haja acordo assinado.
“Estamos a aguardar que o acordo seja assinado entre as partes, Câmara Municipal do Funchal, Águas e Resíduos da Madeira e Câmara Municipal de Câmara de Lobos, e até lá não vou comentar porque pode ser uma realidade ou não”, começou por dizer.
Perante a nossa insistência, assumiu que as partes envolvidas estão a trabalhar para que haja entendimento, também por reconhecer que esta ‘partilha’ decorre de “um compromisso antigo”, e onde uma das exigências de Câmara de Lobos visa a questão ambiental “que tinha que ser salvaguarda e que tinha a ver com a profundidade do actual emissário e a distância do mesmo”, revela, ao mesmo tempo que chama a atenção que “Câmara de Lobos também está a crescer a todos os níveis”.
“Queremos é salvaguardar os munícipes de Câmara de Lobos sabendo também que parte das águas residuais da freguesia da Quinta Grande são tratadas pela ETAR da Ribeira Brava, portanto, é preciso também saber conciliar estas questões”, argumentou.
Pedro Coelho acabou por desvendar que a proposta de acordo na origem deste processo apenas “salvaguarda a questão da passagem, sobretudo das zonas altas da freguesia de Santo António, na ligação a Câmara de Lobos, limitado a um determinado caudal diário e se ultrapassar esse caudal, Câmara de Lobos tem direito a um valor compensatório”.
E mais não revelou. Prefere “esperar pela formalização do acordo”. Só depois admite voltar a falar deste assunto.