“Se tivesse vergonha na cara” Brício Araújo “não dizia o que está a dizer”
Filipe Sousa acusa líder da oposição de inventar factos por ter sede de protagonismo
“Esse senhor como tem sede de protagonismo, inventa factos. Se tivesse vergonha na cara e acompanhasse, como deveria acompanhar, embora na oposição, todo o trabalho que se faz na área da habitação, certamente e em consciência não dizia o que está a dizer”. Eis a reacção do presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, às críticas do líder da oposição, Brício Araújo, sobre políticas municipais de habitação, feitas no rescaldo da reunião de câmara desta manhã.
Políticas de habitação da Câmara de Santa Cruz “têm sido um verdadeiro desastre”
Oposição PSD critica executivos de Filipe Sousa de não ter construído uma única habitação em dez anos
Embora o autarca do JPP tenha assegurado que o assunto em causa “nem foi falado na reunião de câmara”, não deixou de responder quando confrontado com as críticas manifestadas minutos antes pelo opositor.
Primeiro assegurou que a Câmara de Santa Cruz avançou com a Estratégia Local de Habitação “na altura certa, quando foi possível”, para dar nota que este é também um processo que está sujeito a burocracias.
Embora diga perceber “a frustração do vereador Brício”, Filipe Sousa conclui que o eleito do PSD além de ter proferido “uma acusação de uma ligeireza total, revela bem o desnorte que esta oposição faz em Santa Cruz”.
Esclareceu que o Programa de Estratégia Local de Habitação está concluído e a “aguardar validação” do IHRU. Reconheceu haver “algumas necessidades, nomeadamente na recuperação de imóveis” no concelho, “para além da construção de habitação social em terrenos que são propriedade do município” através do aproveitamento dos programas do IHRU com vista à recuperação de imóveis. Revelou que no concelho de Santa Cruz estão identificados “cerca de 250 agregados familiares” a necessitarem de reabilitação de imóveis.
Além de dois projectos de habitação já aprovados para a freguesia do Caniço, confirmou a intenção do município “avançar, junto ao Campo Bráulio França, com a construção de moradias para habitação de pessoas carenciadas, e também, à partida, na Cancela, mas estamos pendentes do processo que está a desenrolar em tribunal” opondo a Autarquia ao Governo Regional. “Enquanto esse processo não estiver resolvido, esse empreendimento não poderá ser desencadeado”, admitiu. Ao todo, estima que estejam em causa 150 novas habitações.