Concelhia do PS-Funchal repudia "a estratégia de publicidade enganosa" desenvolvida por Calado
Em comunicado enviado, a concelhia do PS-Funchal repudia “a estratégia de publicidade enganosa” desenvolvida pelo presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, para “entreter os funchalenses com festas enquanto negligencia o verdadeiro desenvolvimento da cidade e a promoção da qualidade de vida dos munícipes”.
Após uma reunião da Comissão Política, realizada ontem, a presidente da estrutura socialista, Isabel Garcês, apontou "actos de pura campanha e promoção da imagem de Pedro Calado, sem consequências no quotidiano dos cidadãos".
"Verificamos que Pedro Calado surge frequentemente nas páginas dos jornais, mas as pessoas sentem que a cidade está mais suja, mais perigosa e sem medidas estruturantes que permitam a retomar o rumo deixado em 2021”, referiu a dirigente socialista, considerando inadmissível que “nas zonas altas do Funchal, como também nas zonas mais turísticas, falhem sistematicamente as acções de recolha de lixo, que só são accionadas quando há visitas programadas e após persistentes alertas dos autarcas do PS”.
Sublinha ainda que o Funchal detém “um dos piores indicadores do país em matéria de insegurança”, lembrando também “a grande percentagem de reincidência de toxicodependentes já tratados”.
“Esta penosa situação continua todos os dias a agravar-se sem que se consiga reabilitar quem, infelizmente, está nos consumos”, lamentou, responsabilizando a coligação de direita PSD/CDS-PP pelo bloqueio de uma resposta atempada e alternativa às questões da insegurança ao ter reprovado a criação na capital da Madeira de uma Polícia Municipal, proposta pelo anterior Executivo camarário.
“Depois de defender medidas de duvidosa constitucionalidade, como a utilização do exército nas ruas do Funchal, como se tratasse de um novo “cartaz turístico”, o antigo administrador do maior grupo construtor da Madeira deveria ouvir os especialistas e aprovar a criação da Polícia Municipal, apostando numa abordagem multidisciplinar à origem dos problemas que afligem os funchalenses e num combate preventivo, não apenas repressivo e punitivo”, disse.
A concluir, Isabel Garcês considerou que “quem teve a confiança dos eleitores para governar a cidade e a Madeira deveria envergonhar-se por ostentarmos a maior taxa de risco de pobreza do país de 4,3%, e de privação material e social severa, de 8,8%”, denunciando o “uso indevido de verbas destinadas ao apoio dos madeirenses para uma campanha de regime fora de prazo”.