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Países nórdicos reafirmam apoio a Zelensky na adesão à UE e NATO

Volodymyr Zelensky encontrou-se hoje com Sauli Niinisto, presidente da Finlândia. 
Volodymyr Zelensky encontrou-se hoje com Sauli Niinisto, presidente da Finlândia. , Foto EPA

Os líderes da Dinamarca, Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia expressaram hoje apoio ao processo de adesão da Ucrânia à NATO e à União Europeia (UE) durante uma cimeira em Helsínquia com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Os líderes nórdicos declararam, num comunicado conjunto, que "o futuro da Ucrânia e do seu povo está na família euro-atlântica" e que a UE "já reconheceu a perspetiva europeia da Ucrânia e concedeu a Kiev o estatuto de país candidato".

"Os membros nórdicos da UE apoiarão fortemente a Ucrânia nos seus esforços de reformas e no cumprimento dos requisitos necessários para iniciar as negociações de adesão o mais rápido possível", acrescentaram.

Estes países também reiteraram o seu apoio às investigações internacionais sobre crimes de guerra e outros crimes no contexto do conflito com a Rússia, enfatizando a necessidade de impor sanções contra Moscovo em retaliação pela invasão da Ucrânia.

"Os países nórdicos permanecem firmes no seu compromisso com a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Os países nórdicos continuarão o seu apoio político, financeiro, humanitário e militar à Ucrânia pelo tempo que for necessário", afirmaram.

A visita de Zelensky ocorre poucas semanas depois de a Finlândia se tornar oficialmente o 31.º Estado-membro da NATO, à qual a Ucrânia também aspira pertencer e de cujos países aliados recebeu grande parte da sua ajuda militar.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.