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Guterres condena ataque na Somália contra base da União Africana

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje o recente ataque contra a base da Missão de Transição da União Africana na Somália e pediu apoio internacional contra o "extremismo violento" no país.

Em causa está um ataque na sexta-feira contra a base da União Africana - composta por 'capacetes azuis' do Uganda - em Buulo Mareer, uma cidade na região sudoeste de Lower Shebelle, na Somália

"O secretário-geral transmite as suas sinceras condolências às famílias dos que perderam a vida no ataque, assim como ao Governo e ao povo de Uganda. Ele deseja uma rápida e completa recuperação aos feridos", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

Condenando "veementemente" o ataque, o líder das Nações Unidas aproveitou para prestar homenagem a todas as tropas da Missão de Transição da União Africana na Somália e expressou o seu apreço pelos serviços em apoio à paz e estabilidade naquele país africano.

"O secretário-geral reitera o seu pedido de apoio internacional à Missão de Transição da União Africana na Somália e às forças de segurança da Somália na sua luta contra o extremismo violento", concluiu.

O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, admitiu no fim de semana a morte de soldados do seu país no ataque contra a base na Somália, a cerca de 120 quilómetros de Mogadíscio, mas não especificou o número de mortos.

Os radicais islâmicos Al-Shebab assumiram a responsabilidade do ataque, o qual levaram a cabo com recurso a um carro-bomba.

Atualmente, a missão da União Africana conta com cerca de 20 mil soldados na Somália, a maioria de Uganda, Burundi, Quênia, Djibuti e Etiópia, que lutam contra o Al-Shebab.

O grupo 'jihadista' controla áreas rurais no centro e sul da Somália e também ataca países vizinhos como Quénia e Etiópia.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.