Valor da avaliação bancária na habitação na Madeira sobe 17,2% num ano
Em Abril deste ano, foi o maior aumento a nível nacional, tanto face a Março (+1,2%) como face a Abril do ano passado
Os valores medianos da avaliação bancária da habitação para a concessão de crédito à habitação na Madeira aumentaram 17,2% em Abril de 2023 em relação a Abril do ano passado, mas também mais 1,2% face a Março deste ano.
De acordo com o INE, "o maior aumento face ao mês anterior verificou-se na Região Autónoma da Madeira, tendo-se verificado a maior descida no Centro (-0,6%)", com a média nacional nos 0,5%, enquanto que em comparação com Abril de 2022, "o valor mediano das avaliações cresceu 10,0%, registando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira e a menor na Região Autónoma dos Açores (1,9%)", regista.
Em termos práticos, cada metro quadrado de habitação na Região Autónoma foi avaliado em Abril nos 1.538 euros, com a média nacional nos 1.491 euros/m2, sendo que as outras duas regiões que 'puxam' esta média para cima estão muito além das da Madeira. Lisboa com valores medianos de 1.988 euros/m2 e Algarve nos 2.083 euros/m2 revelam, efectivamente essa discrepância. Na zona Centro, por exemplo, o metro quadrado vale menos de metade (1.009 euros) de uma habitação em terras algarvias.
Por tipologia, a Madeira só não lidera no aumento homólogo nas moradias, estando bem disparado nos apartamentos tanto face há um ano como face ao mês anterior.
"No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.667 euros/m2, tendo aumentado 10,6% relativamente a Abril de 2022", refere o INE para a média nacional. "Os valores mais elevados foram observados no Algarve (2.067 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.992 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1.108 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (19,1%) e o Centro o menor (9,2%)", acrescenta, sendo certo que na Madeira, o metro quadrado de um apartamento já foi avaliado em 1.586 euros.
"Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,2%, registando a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo as maiores subidas (0,5%) e a Região Autónoma dos Açores a descida mais intensa (-1,4%)", realça. "O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 17 euros, para 1.679 euros/m2, tendo os T3 subido 7 euros, para 1.489 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,8% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise".
Já nas referidas moradias, com avaliação nos 1.421 euros/m2, a evolução foi de +13,6% face ao mesmo mês de 2022, ainda assim ocupando a segundas posição. No país, "o valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 1.137 euros/m2 em Abril de 2023, o que representa um acréscimo de 5,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2.121 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.951 euros/m2 ou +7%), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (911 euros/m2 e 965 euros/m2, respectivamente). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (17,6%), não se tendo registado reduções em nenhuma região", diz o INE.
No entanto, "comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,2%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento (2,1%), ocorrendo o menor no Algarve (0,1%). O valor mediano das moradias T2 desceu 2 euros, para 1.054 euros/m2, tendo as T3 subido 9 euros, para 1.114 euros/m2 e as T4 descido 6 euros, para 1.271 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,5% das avaliações de moradias realizadas no período em análise", acrescenta o Instituto Nacional de Estatística.
Ainda de acordo com "o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em Abril de 2023, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação 39,7%, 33,3%, 8,2% e 3,2%, respectivamente, superiores à mediana do país", diz o INE. "Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Alto Alentejo foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-48,5%, -48,2% e -48.1% respectivamente)", conclui.