Regionais 2023 Madeira

Roberto Almada quer "verdadeira oposição de esquerda" na Madeira

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O cabeça-de-lista pelo BE às eleições regionais da Madeira, Roberto Almada, defendeu hoje que o partido "faz falta" ao parlamento para que exista uma "verdadeira oposição de esquerda", manifestando-se "contra qualquer intentona de levar a extrema-direita" para o Governo regional.

"A diferença que pode existir nestas eleições é mesmo a reentrada do Bloco no parlamento, com uma forte representação parlamentar que finalmente volte a existir uma verdadeira oposição de esquerda digna desse nome, para confrontar e enfrentar as políticas erradas do governo de Miguel Albuquerque", defendeu.

Numa intervenção em que foi bastante aplaudido, com alguns apoiantes a bater palmas de pé, Roberto Almada considerou que "o Bloco faz falta no parlamento madeirense" para que exista uma "oposição destemida e insubmissa que não hesite em denunciar a situação caótica em que se encontra o Serviço Regional de Saúde".

"Seremos a oposição ao Governo e lutaremos contra qualquer intentona de levar a extrema-direita para a governação da Madeira", garantiu.

Mas para o candidato às eleições deste ano, o partido faz falta naquele parlamento "também e sobretudo para existir liderança da oposição na Madeira".

"O PS Madeira, perdido em zigue-zagues políticos, em pouco se diferencia em termos de propostas e atuação do PSD/CDS, não constituindo, neste momento, qualquer alternativa ou ameaça à governação da direita. As forças de extrema-direita querem eleger deputados para ir para o Governo de Miguel Albuquerque, que não tem qualquer cordão sanitário em torno destas forças", defendeu.

O antigo dirigente e deputado do Bloco de Esquerda/Madeira, o educador social Roberto Almada, volta às lides políticas e é o cabeça de lista anunciado por esta força partidária às eleições legislativas regionais.

Roberto Almada começou a ser uma figura visível na política regional em 1999, tendo-se estreado como deputado na Assembleia Legislativa da Madeira em 2002, substituindo o histórico da UDP na região, Paulo Martins, na sequência da política de rotatividade implementada.

Terminou o mandato em 2005, mas só regressou ao parlamento madeirense em 2008 e foi o cabeça de lista nas várias eleições no arquipélago. Desde 2011 que o BE deixou de estar representado no parlamento madeirense.