País

Convenção Nacional do BE escolhe nova liderança do partido

No mundo as eleições na Turquia e em Espanha são hoje notícia

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Foto Global Imagens

A Turquia vai hoje novamente a votos para escolher o nome do futuro Presidente do país: o islamista conservador Recep Tayyip Erdogan, no poder há duas décadas, ou Kemal Kiliçdaroglu, líder da oposição laica e de centro-esquerda.

Erdogan -- que desde 2017 assumiu, após um referendo constitucional, um estrito regime presidencialista com crescentes características autoritárias - consolidou-se como favorito na primeira volta (realizada a 14 de maio) ao obter 49,5% dos votos expressos (muito perto da fasquia dos 50% que evitaria uma segunda ronda), face aos 44,9% do líder opositor, que contestou os resultados oficiais.

Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP) desde 2010 e que se apresentou nas urnas como o candidato presidencial de uma coligação de seis partidos da oposição turca, protagonizou nas duas últimas semanas uma viragem à direita na tentativa de captar o voto ultranacionalista, para desagrado das forças mais à esquerda que o apoiam.

Para o escrutínio presidencial de hoje na Turquia, país membro da NATO com cerca de 85 milhões de habitantes, mais de 61 milhões eleitores inscritos poderão exercer o seu direito de voto.

Hoje, também é notícia:

DESPORTO

João Almeida (UAE Emirates) vai consagrar-se como o primeiro português a conseguir um pódio final na Volta a Itália em bicicleta, em Roma, onde o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) vai confirmar o triunfo na 106.ª edição da 'corsa rosa'.

O pelotão do Giro cumpre hoje os 136 quilómetros da 21.ª e última etapa, com partida e chegada a Roma, junto ao Coliseu, um dia depois de o pódio ter ficado definido, no contrarrelógio individual.

Roglic, tricampeão da Volta a Espanha (2019, 2020 e 2021), foi o mais rápido na 'cronoescalada' de 18,6 quilómetros entre Tarvisio e Monte Lussari, assumindo a camisola rosa, deixando o anterior líder, o britânico Geraint Thomas (INEOS) em segundo, a 40 segundos, e Almeida em terceiro, a 42.

Na geral, Roglic tem 14 segundos de avanço sobre Thomas e 1.15 sobre Almeida, que vai vencer a classificação da juventude.

O português, de 24 anos, vai conseguir o primeiro pódio final na Volta a Itália para Portugal, e o quarto de sempre em grandes Voltas, e pôr fim a um 'jejum' nas três principais corridas desde o terceiro lugar de Joaquim Agostinho no Tour de 1979, um ano depois de fazer o mesmo em 1978, depois do segundo posto na Volta a Espanha de 1974.

INTERNACIONAL

Espanha tem hoje eleições municipais em todo o país e regionais em 12 comunidades autónomas, com as sondagens a preverem várias batalhas renhidas entre a esquerda do PSOE, no poder, e a direita do PP, na oposição.

Estas eleições são a primeira ida a votos este ano em Espanha, que tem também legislativas nacionais previstas para dezembro, no final de uma legislatura marcada pela primeira coligação governamental no país, entre o Partido Socialista (PSOE) e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos.

Os 35.539.083 eleitores que estão hoje chamados a votar vão escolher 12 parlamentos regionais e mais de 8.100 assembleias municipais.

Nas 12 comunidades autónomas em que há eleições, o PSOE lidera os governos regionais de nove (Aragão, Astúrias, Baleares, Canárias, Castela La Mancha, Comunidade Valenciana, Extremadura, Navarra e Rioja); o Partido Popular (PP) de duas (Madrid e Múrcia) e o Partido Regionalista da Cantábria de uma (Cantábria).

POLÍTICA

A Convenção Nacional do BE, que vai escolher a nova liderança do partido, termina hoje com a eleição dos órgãos e a votação das duas moções em confronto, sendo expectável que a de Mariana Mortágua saia vencedora.

Esta reunião magna marca o fim da era de Catarina Martins à frente dos destinos do BE e sábado ficou marcado precisamente pelo seu último discurso como coordenadora, a primeira intervenção de Mariana Mortágua, as críticas à maioria absoluta do PS, as diferenças de posições entre as duas moções em relação à guerra na Ucrânia e uma referência aos críticos internos à falta de democracia do partido.

A vitória de Mariana Mortágua é quase certa uma vez que a sua moção conseguiu eleger 81% dos delegados à convenção, que são quem vota nos órgãos nacionais e nas moções.

A Convenção deverá terminar, por isso, com a intervenção de Mariana Mortágua, uma sessão de encerramento que contará com a presença, pelo Governo, do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, e de delegações do PS, através do secretário-geral adjunto, João Torres e da presidente da concelhia de Lisboa do PS, Marta Temido, bem como dirigentes do PCP, do Livre, do PAN e do PEV.