Causa justa
Os professores vêm sendo tratados de forma teimosa e injusta pelos sucessivos governos nacionais. Já o escrevi antes. Nessa ocasião aduzi várias razões para sustentar o argumento. Que são substanciais e penalizam todos quantos se dedicam, de alma e coração, à nobre função de ensinar as futuras gerações.
No continente, quando e a seu tempo, o sector quis recuperar os anos de trabalho congelado, o executivo fez “orelhas moucas” e não desbloqueou nenhuma das reivindicações. Que, com o passar do tempo, mantêm-se inalteradas sem o entendimento que vá de encontro a uma solução satisfatória, mesmo que gradual.
Os vários sindicatos não conseguem alcançar avanços, dignos de registo, que possam apresentar aos seus filiados. O diálogo com a tutela é difícil e não mostra resultados minimamente aprazíveis que signifiquem abertura para prosseguir negociações. Que até aqui, nunca conduziram a qualquer dos objectivos ambicionados.
Por cá, a seu tempo, a Região estabeleceu uma orientação diferente. Perspicaz e acertada. Que correspondia à principal exigência da classe, a devolução do tempo de serviço. Foram desenvolvidas conversações oportunas, sensatas, o acordo aconteceu e os professores viram realizada a mais importante das suas pretensões.
Mas não só. Consequentemente, sempre que é possível e a plateia sugere ou proporciona, designadamente junto das pessoas que detêm responsabilidades nas várias instituições da República, é reclamado para aplicação a nível nacional o adoptado entre nós, dessa forma promovendo as legítimas aspirações dos docentes na reposição dos seus direitos. A causa é justa e conta com a nossa reiterada solidariedade.