Sérgio lança candidatura com 7 medidas e ataca Governo que “esbanja milhões com amigos”
O líder do PS, Sérgio Gonçalves, apresentou, esta manhã, no Funchal, a sua candidatura à presidência do Governo Regional, com um discurso em que prometeu transformar a Madeira numa terra de oportunidades para todos e criticou um executivo de Miguel Albuquerque que “esbanja 33 milhões de euros por ano em tachos e desbarata 900 milhões de euros em obras desnecessárias e projectos inventados”.
“Da Marina do Lugar de Baixo aos 240 milhões injetados nas sociedades de desenvolvimento, até aos 150 milhões para aumentar a pontinha e, pasme-se, proteger o Funchal de tsunamis. São muitos milhões de euros apenas para servir os amigos, os grupos económicos e os interesses pessoais. São muitos anos a fazer enriquecer alguns à custa de todos nós. Enquanto isso, continuamos a ver as listas de espera para consultas e cirurgias a engrossar”, declarou o dirigente socialista, em cima o palco montado junto à Assembleia Legislativa da Madeira e com uma plateia com largas dezenas de pessoas, vindas de todos os concelhos.
Sérgio Gonçalves entende que é tempo de mudar a Madeira, porque temos “47 anos, quase meio século, de um poder esgotado” no arquipélago, “um poder que belisca diariamente a democracia (…), um regime que dura há quase tanto tempo como a ditadura durou em Portugal (…), que tenta calar, ameaçando com retaliações, um poder opaco, sem transparência”
A receita proposta pelo líder dos socialistas madeirenses é diferente e passa por utilizar o dinheiro ao dispor do Governo Regional “para resolver os verdadeiros problemas da Madeira”. Assim, avançou sete medidas que vão constar do seu programa de Governo: tempos máximos de resposta na área da saúde e transparência nas listas de espera para que quem não obtém um exame ou cirurgia no serviço público num tempo razoável, possa recorrer ao serviço privado sem pagar por isso; reabertura dos serviços de urgência nocturnos nos centros de saúde de Santana e Porto Moniz; redução das taxas de IRS e IVA para os limites mínimos permitidos por lei (menos 30% do que no continente); educação totalmente gratuita até ao 12.º ano, incluindo manuais escolares, transportes e alimentação; contratos-programa com todas as câmaras municipais para projectos de habitação, de modo a garantir casa a todos os madeirenses e portossantenses; diversificação da base económica da Região, com maior aposta na agricultura, pescas, novas tecnologias e cluster do mar; introdução de limitação máxima de três mandatos para os deputados regionais e presidente do Governo.