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México anuncia acordos com China e Coreia do Sul contra a importação de fentanil

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O México anunciou sexta-feira acordos com a China e a Coreia do Sul focados no combate à importação de fentanil, uma droga sintética que está a provocar dezenas de milhar de overdoses nos EUA.

"Vamos estabelecer um acordo entre um governo chinês e o governo do México, em particular a Procuradoria-Geral da República, para evitar a entrada do fentanil da China no México", disse o presidente Andres Manuel Lopez Obrador, a propósito deste assunto que é um ponto de discórdia com os EUA.

"Vamos fazer o mesmo com a Coreia do Sul", disse ainda, durante a sua conferência de imprensa diária.

"Localizámos um carregamento de fentanil proveniente da China no porto de Lazaro Cardenas", no noroeste do país, avançou sem mencionar a data. "Também apreendemos fentanil da Coreia, que tinha passado pelo porto de Valência, em Espanha", acrescentou.

O presidente da esquerda nacionalista mexicana preveniu algumas personalidades nos EUA para que "não utilizem este problema lamentável e grave" do fentanil "para culpabilizar o México com fins politiqueiros como o fazem alguns".

Lopez Obrador aludiu de forma aberta, sem o nomear, ao candidato declarado à investidura do Partido Republicano para as eleições presidenciais, Ron DeSantis, o governador da Florida.

Outro republicano, o senador Lindsey Graham, acusou os carteis mexicanos de inundarem os EUA com fentanil, 50 vezes mais potente do que a heroína.

O Departamento de Justiça dos EUA acusou em abril 28 pessoas, entre as quais quatro filhos do traficante mexicano Joaquin 'El Chapo' Guzman, que está a cumprir uma pena de prisão perpétua em um estabelecimento prisional no Estado do Colorado.