O Fórum Português da África do Sul, organização não governamental, com cerca de 8 mil membros no país, muitos quais madeirenses, “condena veementemente os assassinatos de Manuel Arlindo Spínola e Sérgio de Ponte”, ocorridos no final do mês de Maio. “Confiamos que as autoridades sul-africanas irão fazer o seu melhor para que os culpados sejam condenados e que justiça seja feita nestes casos”, lê-se num comunicado que acaba de chegar à redacção do DIÁRIO.

Estes dois "crimes horríveis" seguem-se ao ataque, uma semana antes, a Manuel da Ponte na cidade de Witbank, a 140 quilómetros de Joanesburgo. 

“Apesar dos problemas ao nível da segurança neste país não serem algo novo", começar por salientar a ONG, tendo a situação levado "muitos dos nossos compatriotas a voltar a Portugal ou a emigrar para outros pontos", recentemente, alerta, "temos estado a verificar um novo fenómeno, com muitos portugueses, e não só, a serem vítimas de raptos por resgate, que infelizmente em vários casos se tornam homicídios”.

A mesma nota descreve um claro sentimento de apreensão junto da comunidade portuguesa, de resto conforme o DIÁRIO tem vindo a relatar nos últimos dias.

A situação económica na África do Sul tem vindo a se deteriorar, especialmente para os empresários, devido aos longos períodos sem eletricidade, acrescenta, caracterizando o cenário do tecido empresarial e social no país muito por culpa, frisa, "à corrupção encontrada em quase todos os departamentos estatais", o que obriga ao governo implementar o chamado 'loadshedding', método no qual é desligada a eletricidade em áreas específicas para aliviar a sobrecarga na infra-estrutura degradada.

Ora a esta ONG confirma que tem assistido também visto "problemas com a distribuição de água", e o efeito destes constrangimentos "tem sido um aumento significativo dos preços, que tem dificultado toda a actividade comercial", que é a ocupação principal da comunidade portuguesa, de resto, conforme destaca, "tem trazido fama e orgulho a todos nós, cimentando o nosso lugar de destaque nesta nação", conclui o teor do documento.

Esta reacção surge a poucos dias da visita do Presidente da República à África do Sul para presidir às comemorações do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.