A Guerra Mundo

Força naval da NATO no Mediterrâneo Oriental mantém "dissuasão eficaz" das forças russas

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O responsável pela força naval da NATO implantada no Mediterrâneo Oriental garantiu hoje que este dispositivo mantém "uma dissuasão eficaz" das forças russas e que, se for necessária uma nova fase, "estaria pronto para lutar esta noite".

O navio de comando do Grupo SNMG2 da NATO, o USS James and Williams, chegou hoje à Base Naval de Rota (Cádiz, Espanha), para participar entre os dias 05 e 16 de junho no exercício mais avançado organizado pela armada espanhola, o Flotex 23, em águas do Mediterrâneo Ocidental.

O contra-almirante da Marinha dos EUA, Scott Sciretta, no comando do grupo naval da Aliança Atlântica implantado no Mediterrâneo Oriental, participará nestes exercícios comandando o USS James and Williams e três outros navios-unidade da NATO, um canadiano, um espanhol e um italiano.

Estes vão juntar-se a algumas manobras em que participarão mais de 4.700 militares, 19 navios, 2 submarinos, 16 aeronaves e 80 viaturas de infantaria de fuzileiros navais, da Marinha espanhola e de outros países como França, Grécia, Letónia, Portugal e Turquia.

Em declarações aos jornalistas à chegada à base naval de Rota, Scott Sciretta destacou a eficácia da unidade marítima da NATO destacada no Mediterrâneo Oriental, composta por seis navios sob o seu comando.

Esta força marítima junta-se a outras forças aéreas, submarinas e terrestres da Aliança atlântica na região.

A sua unidade marítima conseguiu ao longo deste ano "uma dissuasão eficaz", garantiu.

"Passamos grande parte do tempo a monitorizar e controlar as forças russas que realizam as suas operações no leste do Mediterrâneo", explicou.

"Acreditamos que a nossa presença ajudou a contrariar a influência russa. Do elevado número de unidades que tinham há alguns anos, nos últimos meses a sua atividade foi reduzida a algumas unidades", acrescentou.

Scott Sciretta elogiou ainda a "liderança" da Espanha, que participa nesta unidade da NATO com as fragatas Juan de Borbón e Cristobal Colón.

"A importância da Aliança nunca foi tão crítica como neste momento", sublinhou o comando, referindo-se à situação de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O contra-almirante enfatizou que a NATO está a avaliar "qual é a melhor maneira possível de ajudar a Ucrânia".

O comando da NATO garantiu que o seu país, os Estados Unidos, está "muito grato" à Espanha pelo acordo para acolher dois novos contratorpedeiros norte-americanos, que se vão juntar aos quatro já existentes, para reforçar o escudo antimísseis da Aliança Atlântica.

A implantação de um dos 'destroyers' está programada para ocorrer em 2024 e o outro nos próximos anos, de acordo com o Ministério da Defesa espanhol.

O acordo, assinado no início de maio, permite que a autorização para estacionar em Rota seja ampliada de quatro para seis navios, sem modificar as missões ou os tipos de forças, civis e militares dos EUA atualmente autorizados para esta base no Acordo de Cooperação em Defesa, que permanece válido.