Qualquer data serve
Convocar partidos para encenar a decisão sobre o dia das eleições é tempo perdido
Boa noite!
O que tem de ser tem muita força e com um eleitorado esclarecido e motivado, a melhor data para as eleições regionais, deste ou de qualquer outro ano, é aquela que for marcada por quem de direito, após ouvir o que pensam alguns dos que vão submeter-se a sufrágio.
Venham elas. A 24 de Setembro. Ou a 1 de Outubro. É igual ao litro. E mais seria se nos quatro anos da legislatura fossem dados passos concretos para acabar com toda a burocracia que impede o maior número de inscritos de votar. Só que o voto em mobilidade, o voto electrónico e o voto em dia normal de trabalho são sugestões insistentes que ainda surgem como capricho dos democratas menos suspeitos, já que o resto, efeito de iluminados e de constitucionalistas, vê problemas onde só há vantagens e dúvidas onde germinam certezas.
Por isso, repete-se o folclore e todo o outro entretenimento político que leva até Belém, a 21 de Junho, os partidos com assento parlamentar na ALM. Uma romagem dispensável tanto mais que o Presidente da República foi muito claro: “Receberei os partidos com assento na Assembleia da Madeira para marcar as eleições da Madeira. Que deverão ser, eles dirão, mas em princípio no final de Setembro”. Qual é a dúvida?
Uma vez marcada a data do sufrágio segue-se a ladainha de proibições. A mais enervante impõe como que um intervalo no jornalismo, dando de barato espaço e tempo aos ressabiados que ajustam contas com os meios de comunicação social. Até quando a ERC vai dar cobertura a expedientes de cariz político, mesmo a coberto do anonimato, a queixinhas sistemáticas que mais não servem para tentar desacreditar a informação séria e responsável?