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Moçambique com mais de 15 mil doentes devido a drogas e álcool em 2022

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O número de doentes devido ao consumo de drogas e álcool registado em Moçambique ultrapassou 15 mil em 2022, contra mais de 10 mil no ano anterior, segundo o Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD).

"Em 2022, nós tivemos 15.122 pacientes com perturbações mentais de comportamento decorrente de consumo de substâncias psicoativas contra 10.144 do ano anterior", afirmou Orlando Carlos, chefe do Departamento de Educação Pública e Divulgação do GCPCD.

Carlos falava numa conferência de imprensa de divulgação do relatório de atividades do GCPCD.

Aquele responsável avançou que os casos estão relacionados com pessoas que procuraram atendimento médico nas unidades de saúde, deixando de fora situações não notificadas nos hospitais.

O aumento também pode traduzir uma maior consciência da sociedade moçambicana sobre as doenças que o consumo de estupefacientes pode provocar nos utilizadores e a importância de procurar ajuda médica.

Orlando Carlos avançou que em 2022, subiu para 916 o número de pessoas com perturbações mentais relacionadas com a ingestão de substâncias psicoativas que foram reintegradas nas famílias, contra 793 que voltaram a casa, em 2021.

A província de Nampula registou em 2022 o maior número de doentes relacionados com o consumo de estupefacientes, 5.435, seguida da cidade de Maputo, com 2.272 e Manica, 2.111.

Augusto Bambo, inspetor no Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), disse na conferência de imprensa que a vasta costa e a extensa e porosa fronteira de Moçambique fazem do país um ponto "preferencial" para o tráfico de droga proveniente da Ásia e da América Latina destinada ao consumo doméstico e abastecimento a outros países.