Regionais 2023 Madeira

PAN afirma-se como "partido que prioriza as pessoas" com programa "digno de confiança"

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O PAN defende que os subsídios não são solução para os jovens e admite ser "o partido que prioriza as pessoas, e o respeito pelos animais e pela natureza, que tem uma visão de desenvolvimento sustentado com um programa digno de confiança". As palavras de Joaquim Sousa surgiram num debate promovido na escola Francisco Franco.

Em nota enviada à imprensa, o partido ressalva alguns dos assuntos abordados nessa iniciativa, vincando que "assim como o PSD/CDS também o PS não é alternativa, pelo exemplo da desgovernação nacional". O porta-voz do PAN aponta a uma forma de governar que despreza a competência, o mérito e limita o futuro das gerações futuras e assenta num populismo e na hipocrisia.

Joaquim Sousa refere que temos o ordenado médio bruto mais baixo do país; suportamos a maior taxa de inflação a nível nacional: 8.1 na Madeira, 5.7 no continente e 6.7 nos Açores; somos a região com maior risco de pobreza do país, 25.9% dos habitantes da Madeira ainda que muitos deles trabalhem vivem com dificuldades acrescidas; diminui o desemprego, mas a generalidade do emprego criado é sem direitos e mal remunerado. "Quando o governo e os empresários dizem que existe falta de mão de obra, na realidade o que faltam são salários dignos – os trabalhadores não são serviçais – a colónia já acabou, mas este governo considera que o povo existe para os servir. As pessoas querem trabalhar e têm de ter salários dignos e horários de trabalho que sejam conciliáveis com a vida familiar", afirma.

Atira que a solução encontrada pelo Governo Regional são os subsídios públicos, "que criam dependências, limitam o mérito e a excelência e promovem o deixa andar". O PAN entende que não são de subsídios que os nossos jovens precisam, "são de planos de carreira, de salários dignos, tanto no sector privado como no sector público, as carreiras na Administração Pública devem ser melhor remuneradas, não podem existir trabalhadores que ao fim de uma, duas ou três décadas continuem a ganhar o salário mínimo e outros como os professores, os enfermeiros, os médicos que vêm os seus salários cada vez mais próximos deste", defende.

"Quem votou no PSD há quatro anos, acreditando que estava a votar no desenvolvimento, na realidade manteve o poder absoluto dum só partido. E se nestas eleições voltarmos a votar no PSD vamos acordar com uma ressaca monumental e vamos-nos perguntar como é que é possível que possa continuar a política contra as famílias, contra o ambiente, contra o emprego digno e como pode o partido dos negócios continuar no poder", replica.