O ano da Inteligência Artificial mexe com o “emocional”
Para quem sonhava com um futuro totalmente autómato chegou a hora de tentar se colocar neste lugar, sem ter medo de ser substituído por uma máquina. Isso mesmo! Tem muitas pessoas preocupadas com os rumos que a vida está tomando neste momento.
Há dezanove anos surgia o Orkut, rede social que ganhou o mundo e começou a modificar a maneira de muitas pessoas se comunicarem, fazer amizades e manter relacionamentos. Poucos anos depois veio o Facebook e ganhou notoriedade, se tornando a “rainha” da comunicação de massa e de onde surgiram os primeiros infuenciadores que ainda caminhavam pelos blogs da vida.
Já com o Orkut, as pessoas frustradas com seus relacionamentos monogâmicos encontraram uma válvula de escape para “conversar”, se relacionar e manter casos extraconjugais, mesmo que virtuais.
O que era para ser apenas momentos íntimos em um quarto (ou sala) com alguém a quilómetros, milhas de distância, ou, totalmente ao contrário do que se diz, se tornou uma premissa básica para novos relacionamentos, algumas uniões verdadeiras e encontro do par perfeito.
Também surgiram os marginais, os golpistas, os ludibriadores, mas este tipo de ser existe em todas as camadas da sociedade e não depende de caráter, mas da falta dele.
Ficamos estarrecidos ao saber que mulheres (e alguns homens) foram enganados por “parceiros virtuais”. Alguns perdem grandes e vultosas quantias, enquanto se decepcionam amorosamente.
Agora surge a Inteligência Artificial que cria textos e teses mirabolantes para “ajudar” a humanidade. Mas, neste momento, surge apenas para ludibriar aqueles que insistem em não querer escrever, pesquisar, estudar. Falsos estudantes e milhares de falsos escritores que lançam mão destes aplicativos para desenvolverem textos para suas falhas humanas.
O que chega para um objetivo acaba sendo empregado de maneira equivocada e falsamente entendida como verdadeira.
Precisaremos de limites para o uso desta ferramenta que ganha, a cada dia, mais adeptos em diversos setores e campos.
A preguiça do leitor transforma o mundo em um vazio enorme.
Muitos dirão: “ainda existem escritores e pensadores”. Sim! Mas por quanto tempo?
Já existem projetos e até aplicativos que buscam substituir médicos. Isso mesmo! Você insere os sintomas que vivência e, em segundos, é informado desta ou daquela “provável” doença. O problema é que, a falta de exames corretos, o toque, a verificação do profissional de medicina pode levar ao falso diagnóstico, ao tratamento errado e, por conseguinte o agravamento do mal.
Muitas vezes vamos ao médico e iniciamos um tratamento e, dois dias depois o medicamento é substituído e a metodologia de tratamento alterada para o nosso restabelecimento.
A Inteligência Artificial tem em seu nome aquilo que é, apenas algo “artificial”, que na prática é superficial e sem essência. Simplesmente isto! Nada mais que isto!
É bom conhecer, mas não se viciar nestes aplicativos que seduzem num primeiro momento e, depois se tornam vazios, como sempre foram.
Gregório José