A página política regional tem sido dominada pelas suspeitas da prática de diversos crimes económico-financeiros que recaem sobre o Governo de Miguel Albuquerque, impulsionadas pelas confissões de quem, com ele, se sentou à mesa do poder. As denúncias de Sérgio Marques ao DN de Lisboa, reiteradas na audição na comissão de inquérito requerida pelo PS-Madeira, deixam a descoberto uma governação lesiva dos interesses dos madeirenses e que agiu em função de conveniências político-partidárias, pessoais e económicas.

Obras inventadas e inúteis que custaram milhões de euros aos bolsos de todos os madeirenses para beneficiar apenas alguns, favorecimentos e cedência a pressões de grupos económicos, pagamento de indemnizações milionárias a empresas, inclusive por obras que nem foram feitas, são apenas alguns exemplos desta governação leviana. Comportamentos que o PS já havia denunciado, mas que agora foram confirmados por um alto dirigente do PSD. E é isso que Miguel Albuquerque não aceita – que tenha sido um dos seus a expor a atuação de um regime que, até então, contava ter todos amordaçados.

Foi por este motivo que a maioria PSD-CDS na comissão de inquérito tentou sempre lançar cortinas de fumo e se assumiu como uma força de bloqueio. Para impedir que os madeirenses soubessem a verdade.

Na comissão, Sérgio Marques confirmou todos os factos que havia denunciado e Miguel Albuquerque, fugindo ao confronto direto, limitou-se às respostas evasivas e imprecisas por escrito, adensando as suspeitas que já recaíam sobre o seu Executivo e sobre ele próprio.

Curiosamente – ou não – o relatório da comissão, da autoria do PSD, reflete somente a perspetiva dos deputados da maioria, deturpando os factos e omitindo situações que podem configurar práticas criminosas. Isto quando estão pendentes processos-crime relacionados com factos objeto da comissão.

Foi isso que levou o PS a apresentar uma queixa no Ministério Público, para que seja aberta uma investigação aos factos denunciados, se apure a verdade e se faça justiça. Uma queixa que Miguel Albuquerque se apressou a desvalorizar, tentando desviar as atenções, porque sabe que ficaram à vista de todos as jogadas obscuras que faz nas costas dos madeirenses.

O PS afirmou que iria até às últimas consequências e foi isso que fizemos ao apresentarmos a queixa no DIAP. Que fique claro que nada nos move contra quaisquer empresários ou empresas. Muito pelo contrário! Aquilo que queremos é uma terra de oportunidades para todos. Recorremos à Justiça, não para fazer política, mas para defender os interesses de todos os madeirenses, relegados para segundo plano pelo Governo do PSD-CDS. Compete agora ao Ministério Público deduzir as acusações e aos tribunais julgar o que tiver de ser julgado.

É por tudo isto que é preciso romper com este regime instalado e mudar o rumo da nossa Região.

É tempo de mudar a Madeira e o Partido Socialista é a única alternativa com soluções para resolver os problemas da nossa terra, promover a igualdade de oportunidades e devolver o futuro aos madeirenses.

Vamos a isso!