Será que caíram mais pedras na marginal da Calheta?
Será que esta tarde voltou a cair pedrulhos de consideráveis dimensões sobre a marginal da Vila da Calheta? A resposta será dada mais à frente, no entanto as reacções foram quase imediatas surgindo comentários de autêntico alarme em resultado de uma instabilidade da escarpa sobranceira à Avenida D. Manuel I. Terá sido verdade que as pedras se desprenderam acidentalmente?
O melhor mesmo é começar pelo histórico da escarpa. Na verdade o temor resulta de uma longa cronologia de desprendimentos entre o Forno da Cal à entrada para o estacionamento do Porto de Recreio.
A lista é longa e nada favorável para a imagem de tranquilidade para os automobilistas mas também para empresários e trabalhadores que exercem funções nos diferentes espaços comerciais. Aliás foi em Fevereiro de 2019, aquando uma derrocada, que a mesma viria a ceifar a vida a uma jovem cozinheira que trabalhava num restaurante. Foi até agora o caso mais grave a par de sustos causados e de estragos em lojas e edifícios.
O caso mais recente aconteceu precisamente a 23 de Junho, quando tudo estava preparado para celebrar as Festas do Concelho mas a queda de três pedras do topo da falésia não deixava margem para manter o quadro de festividades. A autarquia cancelou o cartaz que tinha programado e rapidamente vedou a marginal.
E é por esta longa folha de ocorrências que a especulação surgiu e correu rápido. Ao DIÁRIO, esta tarde, o presidente nega que tenha acontecido um desprendimento acidental mas uma operação programada conjuntamente com o Governo Regional. Também ao nosso jornal o vereador Aleixo Abreu explica que tratou-se de uma acção de limpeza e que a mesma irá demorar previsivelmente durante quatro dias, "se tudo correr conforme delineado", cedendo-nos imagens da operação do dia de hoje.
O autarca adianta que foram contratados quatro rocheiros do Governo Regional para proceder à queda de pedras que eventualmente estejam mais instáveis para afastar qualquer sentimento de insegurança. "Essa acção estava prevista há cerca de um ano", observa.
Os trabalhos têm sido acompanhados de perto pela equipa de protecção civil da Câmara Municipal da Calheta e conjunto com a Polícia de Segurança Pública e pelos Bombeiros Voluntários.