Madeira

Subestação do Lombo do Meio mais tarde e mais cara

O concurso inicial da Empresa de Electricidade da Madeira ficou deserto

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A Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) estendeu o prazo do segundo concurso público limitado por prévia qualificação para a construção e montagem da Subestação do Lombo do Meio 60/6,6kV, a ficar localizada na Estrada do Livramento, freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol. A segunda operação aumentou o valor base em quase um milhão de euros.

O primeiro concurso público foi publicado a 5 de Abril de 2021 por 3.150.000 euros (a que acresce o IVA) para a realização da obra, mas ficou deserto. O prazo de execução estava fixado em 360 dias e o critério de adjudicação era a melhor relação qualidade-preço. Em Setembro do ano passado a eléctrica madeirense lançou um novo procedimento internacional, mantendo-se a prévia qualificação, mas por 4.215.000 euros + IVA. Agora vem, mantendo o valor, estender o prazo para apresentação de candidatura por cinco dias a contar da data do envio do anúncio e o prazo para apresentar as propostas por 67, a contar da data de envio do convite às empresas qualificadas.

A nova infra-estrutura destina-se a substituir a existente, cujos equipamentos ultrapassados e em fim de vida útil e aumentar o nível de tensão desta subestação de 30 kV para 60 kV. A construção desta infra-estrutura de maior capacidade tem ainda como propósito assegurar o transporte da electricidade na zona Oeste e dar resposta ao aumento de produção de energia fruto da ampliação do Aproveitamento Hidroeléctrico da Calheta III e dos novos equipamentos eólicos instalados no Paul da Serra.

A 5 de Abril de 2021, com base em declarações do então vice-presidente do Governo Regional, actual presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, o DIÁRIO escrevia. “O concurso público, para este investimento global de cerca de 3,6 milhões de euros, será lançado dentro em breve, sendo o seu financiamento assegurado em cerca de 50% por capital da EEM e os restantes 50% pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), no âmbito do empréstimo contratado para co-financiamento do plano de actividades da Empresa de Electricidade, até 2023 incluído.” Esta calendarização já não será possível, face ao atraso na entrega da obra.