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Moção de Mariana Mortágua elegeu 81% dos delegados à Convenção Nacional do BE

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A moção A, encabeçada por Mariana Mortágua, conseguiu eleger 530 dos 654 delegados à XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda (81 por cento), enquanto a moção E elegeu 89 (14%) e as plataformas os restantes 35.

Os resultados da eleição de delegados à próxima Convenção Nacional do BE, que decorre em 27 e 28 de maio, em Lisboa, foram hoje divulgados por fonte oficial do partido à agência Lusa, uma reunião magna na qual será decidido quem irá ocupar o lugar de Catarina Martins, que vai deixar a liderança bloquista.

Segundos os dados disponibilizados, a moção A, encabeçada pela dirigente e deputada Mariana Mortágua e intitulada "Uma força, muitas lutas", elegeu 81% dos delegados entre sexta-feira e hoje, o que corresponde a 530.

Já a moção E, "Um Bloco plural para um Alternativa de Esquerda -- um desafio que podemos vencer", e que tem como porta-voz à convenção o antigo deputado Pedro Soares, conseguiu 14% dos delegados, ou seja, 89.

Do total de 654 delegados que vão estar no próximo fim de semana no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, os restantes 35 foram distribuídos por oito plataformas.

Com 10 mandatos surge a plataforma "Mais Democracia, Mais Bloco", seguida pela "Mais Bloco, Mais Algarve" com nove e, com cinco, a plataforma "Crescer pela raiz: porque queremos mesmo mudar tudo".

Já com quatro delegados cada uma, surge a plataforma "Clarificar o BE. Reforc¸ar a Moc¸a~o A" e a "+ Partido + Movimento no Litoral Alentejano".

As plataformas "Margem Sul + Movimento + Democracia", "O Interior tambe´m Existe" e "Santarém em emergência climática, social e militante" levam um delegado cada uma à convenção.

Na última reunião magna do partido, há dois anos, os delegados foram reduzidos a metade devido à pandemia de covid-19 -- elegeram então 339 no total - tendo a moção da ainda líder Catarina Martins conseguido 232.

Nessa convenção, que aconteceu 22 e 23 de maio, em Matosinhos, distrito do Porto, estavam cinco moções em disputa, tendo a moção E, crítica da direção e promovida pelo movimento Convergência, alcançado 63 delegados.