Presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD-M 'atira-se' ao secretário de Estado das Comunidades
O presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD-M diz não ter percebido a razão da vinda à Madeira do secretário de Estado das Comunidades, "tanto mais quando não trouxe nenhuma medida ou solução para apresentar".
Foi mais uma vez incapaz de reconhecer as suas responsabilidades - algo a que já estamos habituados no seu percurso político - e, com isso, faltou o respeito aos madeirenses que esperavam que esta vinda pudesse representar algo de novo ou, em certa medida, resolver as injustiças que de têm sido alvo por parte do governo socialista que integra. Carlos Fernandes, presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD-M
Assumindo não entender esta deslocação, diz que a vê “como mais uma oportunidade perdida”.
Primeiro, assistimos a declarações que reafirmavam que o programa 'Regressar' não iria abranger as Regiões Autónomas, sem admitir sequer a correção desta grave discriminação e faltando o respeito a todos aqueles Madeirenses que tem regressado para a Madeira nos últimos anos (...) também não se ouviram, da parte do secretário de Estado, quaisquer soluções para os lesados do BES nem do BANIF - onde existem milhares de Madeirenses que perderam poupanças de uma vida inteira e que nossa diáspora leva anos à espera de soluções - ou sobre as equivalências académicas de muitos madeirenses que regressaram da Venezuela e estão há anos à espera que o governo da República resolva. Carlos Fernandes, presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD-M
Por outro lado, atira: “Também não apresentou soluções - e apenas se queixou - acerca do caos que hoje vivem muitos consulados portugueses nem foi capaz de anunciar uma medida - uma que fosse - para resolver ou pelo menos atenuar os atrasos nos pedidos de nacionalidade, sabendo que um pedido de nacionalidade para descendentes de portugueses pode demorar, atualmente, mais de 24 meses”.
Critica ainda a postura de Paulo Cafôfo por não ter não falado da transferência de um milhão de euros que esta em atraso para o serviço regional de saúde ou mesmo ao não abordar as ligações aéreas para a comunidade portuguesa que estão em falta, dossier que a República, embora tendo a dada altura assumido a sua resolução, não avançou.
"A comunidade portuguesa hoje não tem nenhuma ligação direta entre o seus países de acolhimento e o seu país de origem com tantos milhões que já foram enterrados na TAP”, frisou, lembrando, a este propósito, o caso da ligação aérea entre Portugal e a África do Sul. Isto para já não falar da ligação aérea entre o Funchal e Caracas “que chegou a ser anunciada de forma eufórica e que foi assumida, pelo Secretário de Estado, como uma vitória pessoal mas que no fundo não passou de mais um engano ou de mais uma ação de propaganda sem consequência, como tantas outras”.
A verdade é que esta visita valeu zero para os nossos emigrantes e não passou de mais um passeio para matar saudades ao invés de ser uma visita com soluções para os problemas que existem e que precisavam de ser assumidos com a responsabilidade e o compromisso que este Secretário de Estado confirmou não ter para com os Madeirenses. Carlos Fernandes, presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD-M