PSP considerava desnecessária Polícia Municipal na Região há 29 anos
Consulte as edições de 21 de Maio de 1994 e de 1997
Foi na edição de 21 de Maio de 1994 que o DIÁRIO dava conta de que o Comando Regional da PSP considerava que não era necessária a criação de uma Polícia Municipal nos 11 concelhos da Região. Homem Costa argumentava com a boa ligação entre a PSP e as autarquias para justificar a sua crença.
O comandante orgulhava-se de ter conseguido uma “muita grande” "Posso dizer, também, que temos tido, da parte dos autarcas, uma ajuda enorme”, referia à nossa reportagem. Em cada sede de concelho existia já uma sub-unidade de polícia, pelo que acreditava que era feito um trabalho de proximidade que excluia a necessidade de se optar pela criação de uma Polícia Municipal.
No entender do comandante de PSP, a implantação de uma polícia municipal poderá justificar-se em áreas mais complexas, com no caso de Lisboa, mas não em zonas como a Madeira.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal do Funchal de há 29 anos, Virgílio Pereira, não deixava de parte a possiilidade de criação de uma Polícia Municipal. Este assunto era despoletado pelo facto de Cavaco Silva ter apresentado na Assembleia da República um projecto para criação das mesmas.
“Virgílio Pereira admitiu não ter conhecimento do conteúdo do documento proposto pelo governo de Cavaco Silva, mas salienta a necessidade das câmaras terem uma fiscalização eficaz e segura que permita à autarquia uma actuação adequada, sobretudo nos casos mais difíceis”, referia o DIÁRIO.
Ribeira Brava – Funchal de autocarro pela via rápida
A 21 de Maio de 1997 a Rodoeste passou a fazer as ligações entre a Ribeira Brava e o Funchal através da via rápida. Dessa forma, reduzia-se o tempo de ligação entre esse dois pontos.
A empresa transportadora optava por utilizar os mesmo autocarros, adaptou os horários e queria aferir a adesão dos passageiros para estudar novas carreiras.
Passageiro da TAP fica em terra por “excesso de peso”
Um empresário madeirense, que se tinha deslocado a Lisboa, ficou em terra por “excesso de peso” no avião da TAP que o iria transportar de volta a casa. A notícia na edição de 21 de Maio de 1997 era dada tendo em conta uma outra publicada pelo jornal ‘O Independente’.
Manuel Pereira Proença já se encontrava no interior do avião quando uma hospedeira o abordou e pediu que saísse, uma vez que a aeronave encontrava-se com “excesso de peso”. Foi-lhe dada a garantia de que embarcaria no voo seguinte, juntamente com a bagagem. Após uma discussão a bordo, por não concordar com a situação, acabou mesmo por sair, mas ao se dirigir ao balcão de informações, foi informado de que a bagagem já tinha seguido e de que voo só no dia seguinte.
O caso motivou a dispensa do chefe de controladores dos serviços de terra do aeroporto da Portela. Na época, o consultor de imagem da empresa dizia ser "esta uma situação que acarreta custos de imagem mais prejudiciais do que propriamente uma greve. Como tal, há que fazer rolar cabeças".