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Romancista britânico Martin Amis morreu aos 73 anos na sua casa nos EUA

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O romancista britânico Martin Amis morreu na passada sexta-feira, aos 73 anos, na sua casa em Lake Worth, Florida, Estados Unidos, devido a um cancro do esófago, afirmaram vários meios de comunicação citando a sua companheira, Isabel Fonseca.

A imprensa britânica escreveu o autor de romances como "Money" e "London Fields" como o "definidor de uma era".

Amis pertenceu a uma geração reconhecida de escritores britânicos, que inclui também Salman Rushdie, Ian McEwan e Julian Barnes, fundamental para compreender a literatura britânica dos anos 1980.

Em 1984, publicou "Money", considerado um dos 100 melhores romances em língua inglesa pelo crítico do Guardian Robert McCrum, que referiu que a obra "define uma era e continua a ser um dos romances dominantes da década de 1980".

Amis nasceu em 1949 em Oxford e foi educado no Reino Unido, em Espanha e nos Estados Unidos, embora tenha regressado a Oxford para estudar na Universidade de Exeter, onde se licenciou, com distinção, em Filologia Inglesa.

O autor atribuiu o seu interesse pela literatura à sua madrasta, a romancista Elizabeth Jane Howard. O seu pai, Kingsley Amis, era também romancista.

O seu primeiro romance foi publicado em 1973, "Rachel's Book" ("Os papéis de Raquel", no título em português) quando trabalhava como editor assistente no suplemento literário do "The Times".

O escritor que morreu esta sexta-feira ganhou o Prémio Somerset Maugham no ano seguinte. Seguiram-se romances como "Dead Babies", "Sucesso" e "A Seta do Tempo".

Destacam-se ainda as suas memórias em "Experiência", publicada em 2000, e "Koba o Terrível", um ensaio sobre o terror do regime de Estaline à frente da URSS.

As suas polémicas incluem acusações de islamofobia, depois de ter dito que "os muçulmanos deviam pôr ordem na sua própria casa" e a sua defesa de "cabinas" de suicídio nas ruas, para fazer face ao envelhecimento da população britânica.