Boa Noite

"Deplorável"

A degradação da democracia em Portugal conheceu episódios inéditos nas últimas horas

Boa noite!

Os titulares dos dois órgãos de soberania e os partidos políticos contribuíram nas últimas horas para dar cabo do pouco que resta do normal funcionamento das instituições na República.

Deram circo a um povo que precisa de pão, promoveram ruído em vez de serenar ânimos, agiram “em consciência” sem beliscar irresponsabilidades e encenaram em vez de prestigiarem a verdade.

Entraram ávidos de vingança no jogo em que quase todos ganham menos a democracia e fizeram crescer o número de episódios deploráveis que, engendrados nos bastidores da política sem escrúpulos, se distanciam imprudentemente dos anseios e das necessidades dos portugueses.

Perante as habilidades de António Costa, que no despique com Marcelo Rebelo de Sousa remeteu para Belém o odioso das próximas decisões, mas que se mostra pronto para eleições tanto que já faz pré-campanha, o PSD revelou-se desastroso. Só amanhã, um pouco antes da hora do almoço é que Luís Montenegro falará ao País. Esta gente com culpas na deriva quase colectiva dorme bem?

Qualquer que seja o desfecho dos ensaios que desafiam a experiência dos que mais sabem sobre propaganda e comentário, que tentam aniquilar inquéritos em curso e que visam travar a afirmação crescente dos populismos, o que de inédito hoje ocorreu em Portugal, mesmo que tenha sido combinado, exige atitude determinada da cidadania ainda não anestesiada e capaz de gerar uma alternativa competente à mediocridade instalada. Merecemos mais do que aquilo que nos caiu no prato à hora de jantar.

Inquérito

O que conseguiu António Costa ao não aceitar a demissão de João Galamba?

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