Madeira

Menos de metade dos madeirenses considera o seu estado de saúde ‘Muito bom ou bom’

Em 2021 a Região apresentava um rácio de médicos por mil habitantes inferior ao do continente, mas melhor do que o dos Açores. No que toca aos enfermeiros, o cenário era inverso, com a Madeira a estar 'a frente' do continente, mas ligeiramente abaixo dos Açores

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Foto Arquivo

As mais recentes 'Estatísticas da Saúde da Região Autónoma da Madeira', referentes ao ano 2021, hoje divulgadas pela Direcção Regional de Estatística (DREM) revelam que 46,6% dos indivíduos com 16 ou mais anos residentes na Região fez uma auto-apreciação do seu estado de saúde como 'Muito bom ou bom', o que representa um aumento de 1,9 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior.

Essa percentagem é superior no universo da população madeirense com menos de 16 anos, com 88,5% das crianças a apresentar um estado de saúde 'Bom' ou 'Muito bom'.

A par disso, também quase metade dos madeirenses com 16 anos ou mais (45,3%) declararam possuir uma doença crónica ou problema de saúde prolongado, mais  1,8 p.p. do que em 2020.

Do universo da população madeirense dos mesmos escalões etários houve 36,3% que se sentiu limitada na realização das actividades devido a um problema de saúde.

Mais profissionais ao serviço da Saúde

Na generalidade, a Madeira viu aumentar o número de profissionais, das diferentes categorias, que estão ligados à área da Saúde. 

Conforme nota a DREM, em 2021, "na RAM, estavam inscritos na Ordem dos Médicos 1.271 médicos, mais 69 (+5,7%) que no ano anterior (1.202 médicos)". Feitas as contas, em média, existiam na Região 5,1 médicos por mil habitantes (4,4‰ em 2020). Este rácio mostra-se superior ao dos Açores (3,9), mas inferior ao do território continental português (5,7).

Já no que respeita aos enfermeiros, com a DREM a evocar os dados da Ordem dos Enfermeiros, o número destes profissionais a exercer a actividade na Madeira, em 2021, era de 2.452 enfermeiros, mais 2,9% que em 2020 (2.383). Em média, existiam 9,7 enfermeiros por cada 1.000 habitantes (9,5 em 2020), uma relação superior à registada no continente (7,6), mas ligeiramente inferior à dos Açores (9,8). A média nacional fixava-se em 7,8. 

No que diz respeito aos médicos dentistas, estavam inscritos na respectiva Ordem, no ano em apreço, na Madeira, 229 profissionais (mais 13 que em 2020). Em média, existiam 9,1 médicos dentistas por cada 10 mil habitantes (8,6 em 2020), sendo essa relação inferior a 1, se tivermos em conta uma relação para 1.000 habitantes, fasquia adoptada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que nos permite estabelecer paralelos com outras regiões do país. Na Madeira, tínhamos, assim, 0,91 médicos dentistas por cada mil pessoas; nos Açores o cenário era mais gravoso com 0,77; mas mais favorável no continente, com 1,12 dentistas por cada mil habitantes. 

Também no que toca aos farmacêuticos houve uma melhoria, com a Madeira a contar com 265 profissionais correspondendo a 10,5 farmacêuticos por 10 mil habitantes (9,5 em 2020).