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Comissário europeu diz que caminho feito por Portugal é "muito estável e coerente"

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Foto AFP

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, disse hoje que "cada país enfrenta os seus próprios problemas" e que o caminho feito pelas autoridades portuguesas é "muito estável e coerente".

Gentiloni está hoje em Lisboa, onde se reuniu com o ministro das Finanças, Fernando Medina. Em conferência de imprensa conjunta, no Ministério das Finanças, questionado sobre se o ambiente de instabilidade política pode pôr em causa as previsões económicas da Comissão Europeia para Portugal, Gentiloni afirmou que a consolidação orçamental e o crescimento económico denotam o bom trabalho das autoridades portuguesas.

"Claro que cada país enfrenta problemas, mas o caminho feito pelas autoridades portuguesas é muito estável e coerente", disse Gentiloni, que está em Portugal também para participar na reunião do grupo Bilderberg) que decorre num hotel em Lisboa e se prolongará até domingo), segundo informações recolhidas pela Lusa.

O comissário italiano destacou a queda da dívida pública (a dívida pública face ao PIB foi de 113,9% em 2022 e Bruxelas prevê que desça para 106,2% em 2023) e o crescimento económico de Portugal.

Esta semana, Bruxelas reviu em alta a projeção de crescimento da economia portuguesa deste ano para 2,4%, a terceira maior taxa da zona euro, ajudada pelo turismo, revelando-se mais otimista do que o Governo. Em 2022, a economia portuguesa cresceu 6,7%.

Nas previsões económicas de primavera, a Comissão Europeia melhorou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português para este ano face aos 1% previstos em fevereiro e manteve a previsão de uma taxa de 1,8% para 2024.

A previsão para este ano coloca Portugal no 'top três' dos países da zona euro com a maior taxa de crescimento deste ano, a par da Grécia, apenas ultrapassados pela Irlanda (5,5%) e por Malta (2,4%).

Em declarações esta semana em Bruxelas, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, destacou as "previsões positivas" mas também a redução do défice em 2023 (de 0,4% do Produto Interno Bruto - PIB em 2022 para 0,1% este ano), isto apesar das "medidas significativas" face à crise energética, referiu.

Já hoje, na conferência de imprensa em Lisboa, questionado sobre estas medidas temporárias de apoio na área da energia, Gentiloni afirmou que, segundo as estimativas de Bruxelas, estas deverão progressivamente desaparecer: representaram 2% do PIB em 2022, deverão representar 0,8% do PIB este ano até serem eliminadas em 2024.