Madeira

Chega-Madeira sublinha a necessidade de mudança política no país

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“Logo à partida, o que mais incomoda sobre tudo o que o país tem visto e ouvido nos últimos dias é o facto de que está cabalmente provado que o governo está entregue a figuras sem qualquer amor à verdade, sem a mínima estatura de Estado, sem qualidade política e humana para assumir as funções de soberania que exercem e que não vêem mal nenhum em oferecer ao país um espetáculo deprimente e de má qualidade, que apenas contribui para desgastar ainda mais a já debilitada imagem das instituições nacionais.”  As declarações são de Miguel Castro, líder regional do Chega, em relação á comissão de inquérito à TAP.

Apesar de considerar ser imperativo continuar a lutar para colmatar as problemáticas regionais, diz que não pode deixar de olhar com apreensão para a situação actual a nível nacional. 

Para o presidente do CHEGA-Madeira, as alegações que têm sido feitas na Comissão de Inquérito e a postura que algumas das principais figuras do país têm tido no processo têm constituído um penoso contributo para o estado da Democracia em Portugal. “Sinceramente, sentimos que nunca, nos últimos anos, foi tão premente a necessidade de recordar às pessoas que, apesar de tanta leviandade governativa, de tanta fuga à verdade, de tantos esforços para colocar o aparelho dos Estado ao serviço de interesses partidários e de tanta falta de dignidade na conduta individual e na palavra dada, ainda vivemos num Estado de Direito, mesmo que os seus principais prevaricadores sejam pessoas que ocupam posições de responsabilidade governamental e das quais temos todo o direito de exigir mais e melhor.”

Embora se recuse a antever as conclusões da Comissão de Inquérito e o impacto que as mesmas terão no ciclo governativo em curso na República, Miguel Castro reforça a ideia de que o governo socialista está cansado, desgastado e perdeu todas as condições para ser o garante do correto e normal funcionamento das instituições políticas. “Sente-se a proximidade de um fim quando um governo se fecha sobre si mesmo, demonstra ser incapaz de resolver problemas gravíssimos dentro do seu círculo íntimo e revela incapacidade para encontrar respostas para as questões que andam a paralisar setores fundamentais da nossa vida coletiva. Nunca o Estado funcionou tão mal, nunca o Estado custou tão caro e nunca foi tão claro o desespero que anda à solta nos corredores do governo. É mais que altura de mudar o rumo da nossa República.”