Venezuela é um bom exemplo na evolução do ensino do Português
Cafôfo destaca investimento de 17 milhões na aquisição de 24 mil tablets a distribuir na Diáspora
É na Venezuela que o ensino da Língua Portuguesa tem vindo a registar maior adesão, agora ainda mais potenciada com a introdução de manuais digitais.
“A Venezuela tem tido na rede do ensino do português no estrangeiro percentualmente a maior evolução. Neste momento temos 10 mil alunos a frequentar o ensino do português na Venezuela”, revelou o secretário de Estado das Comunidades, à saída da reunião mantida nos Paços do Concelho de Câmara de Lobos.
Além da crescente apetência que o português tem vindo a despertar, Paulo Cafôfo destaca o “atractivo importante” que é a aposta na “digitalização do ensino”, ao dar conta que “vai chegar à Venezuela, se que já não está a ser distribuídos tablets”, medida que antevê ajudará que o ensino do português “possa continuar a crescer”.
A importância do ensino da Língua Portuguesa junto das comunidades de luso-descendentes foi um dos temas em foco na reunião que o secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, manteve com o Executivo de Pedro Coelho, representado pelo vereador Bruno Coelho.
Apontando a Venezuela como sendo no presente um pais “que é um exemplo em termos de evolução positiva na frequência das aulas no ensino do português” na Diáspora, Cafôfo destaca o projecto de 17 milhões de euros na aquisição de “quase 24 mil tablets com os respectivos conteúdos” a distribuir junto das comunidades madeirenses em diversos países do mundo.
“Será um virar de página no ensino do português”, numa aposta que conta também com o reforço do contingente de professores, que no presente ano escolar conta com “324 professores nesta nossa rede” para um total de “72 mil alunos”.
Assegurou que “o português está na moda” ao realçar que o ensino do português não se limita apenas à comunidade portuguesa, para os luso-descendentes, mas aprece também “integrada no curriculum dos sistemas educativos de alguns países, ou seja, o português como língua estrangeira, o que é bom”, sublinhou.
Se actualmente estima-se que haja no mundo 260 milhões de falantes da língua portuguesa, admite que até final do séculos os falantes do português possam quase duplicar, a confirmar-se as previsões das Nações Unidas, que prevê que no final deste século “serão 500 milhões” a falar a língua de Camões.
Um importante e relevante activo que não será apenas cultural, mas também económicos.