Primeira videoconferência que ligou Lisboa, Madeira e Açores realizou-se há 36 anos
Conheça assuntos em destaque nas edições de 1987 e de 1996, no nosso 'Canal Memória'
"As telecomunicações poderão reduzir os problemas decorrentes da insularidade". As palavras são de Cavaco Silva que, em 1987, protagonizava a primeira videoconferência que ligou Lisboa ao Funchal e a Ponta Delgada, nos Açores. Foi na comemoração do Dia Mundial das Telecomunicações que o primeiro-ministro admitia o atraso de uma décadas nas telecomunicações portuguesas.
Nessa mesma ocasião era anunciada uma redução tarifária para períodos de baixo tráfego nas comunicações. Além disso, era dito que iria haver uma redução nos tarifários para comunicações com o Canadá, EUA, Venezuela e África do Sul, locais com grande presença de emigrantes portugueses.
'Curiosos' para ver cadáver acabaram por ser assaltados
Nesta mesma edição, o DIÁRIO dava conta da morte de Rui Alberto Câmara, de 25 anos, pai de três filhos, que foi encontrado morto no leito da Ribeira de Santa Luzia, nas imediações do Bazar do Povo. Na época, a reportagem do nosso jornal apurou que a situação levou a que se aglomerassem vários curiosos, sendo que muitos acabaram por ser assaltados.
Dada a confusão no local, um grupo de jovens aproveitou-se para furtar as carteiras e o dinheiros dos bolsos dos curiosos. No entanto, viriam a ser detectados e perseguidos por populares, que os entregaram aos agentes da polícia que se encontravam no local.
Este caso gerou grande descontentamento pela demora na remoção do cadáver do local. O corpo ficou exposto durante bastante tempo enquanto se aguardava a chegada do carro funerário da Câmara Municipal do Funchal.
70% dos hemofílicos contraíram SIDA
Uma outra notícia em destaque em 1987 era o facto de a vice-presidente da Associação Portuguesa de Homofílicos admitir que 70% dos doentes tinham contraído o vírus da SIDA. Isto porque a esmagadora maioria recebeu doações de sangue de dadores infectados.
O Governo pretendia a criação de uma extensa campanha de sensibilização porta-a-porta e nas escolas, para alertar para as consequências deste vírus e quais os comportamentos de risco, por forma a travar o aumento de casos de infectados em Portugal.
Droga na Zona Velha e no Estreito
Há 27 anos, o DIÁRIO apresentava uma reportagem pela Zona Velha e também no Estreito de Câmara de Lobos, dando conta do consumo de droga ‘às claras’ por parte de faixa etárias mais jovens. Se actualmente o bloom é o produto estupefaciente que mais circula, em 1996 era o haxixe que estava ‘na moda’ e que embrenhava os jovens nesse mundo.
No Estreito de Câmara de Lobos, em 1996, o nosso jornal conseguiu falar com consumidores, que assumiam a facilidade em comprar ‘uma pedrinha’ para consumir. Os traficantes vinham da Zona Velha e de Machico.
Já na Zona Velha eram os comerciantes e residentes a denunciar a situação. Além disso, a reportagem encontrou dezenas de seringas jogadas no chão e nas casas-de-banho dos estabelecimentos. Os empresários pediam mais fiscalização por parte da polícia.