O dia dos empresários
Será que os políticos vão confraternizar esta sexta-feira com os alegados "favorecidos"?
Boa noite!
Amanhã é dia do empresário madeirense. Uma efeméride que se assinala desde 2001 e que este ano coincide com um cerco inusitado e sem precedentes aos que foram bem sucedidos no mercado regional, aos que conseguiram exportar conceitos e serviços e aos que têm criado emprego e partilhado riqueza com alguns dos ingratos da nossa lota insular.
É de esperar por isso hipocrisia redobrada e que, com a lata do costume, os políticos sem escrúpulos estiquem a mão para cumprimentar os acusados de favorecimento. Mas também, porventura, se desfazerem em desculpas por lhes terem subtraído tempo e paciência, só porque um alucinado de barriga farta opinou sobre um regime que alegadamente inventou obras, mas do qual se serviu enquanto deu jeito, ganhando logo um grupo de fãs ávido de escândalos susceptíveis de disfarçar a incapacidade de afirmação como alternativa política, a inércia programática e as divisões internas.
Para esta gente sem vergonha, um previsível momento de confraternização é pretexto para uma boa zaragata, risco plausível em eventos sem recurso ao higiénico ‘reservado direito de admissão’. Mas desta confrangedora realidade não rezará a louvável iniciativa da ACIF que vai louvar alguns dos empreendedores que não só sobrevivem à inveja, como geraram oportunidades e concretizaram sonhos.
Sem querer estragar a festa, são muitos os merecedores de gratidão, sobretudo aqueles que fazem milagres para não abrandarem o ritmo alucinante da actividade em que se realizam, mesmo tendo muito pouca mão-de-obra disponível para garantir qualidade no serviço ou no produto.
Alguns não são os mais mediáticos, mas constam da minha ‘short list’ de gente boa e empenhada. Destaco hoje o Márcio Nóbrega por ter conseguido produzir a melhor sidra do mundo – distinguida este ano nos 'Cider World Award 2023' - ,na Quinta da Moscadinha e voltar a colocar a Camacha na rota gastronómica insular. E o Marco Noronha por ter erguido na Quinta do Cardo, na Boaventura, um projecto de Enoturismo com alma e boa vizinhança, já que a vinha que o envolve também gerado produção premiada. Amanhã há mais.