A Guerra Mundo

Itália enviará este ano 3.400 soldados para o flanco leste da NATO

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Itália vai enviar este ano cerca de 3.400 soldados das suas Forças Armadas para o flanco leste da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), anunciou hoje o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto.

"A Defesa continuará a participar convictamente nas iniciativas no flanco oriental organizadas pela NATO: aqui, o compromisso é significativo e prevê um máximo total de cerca de 3.400 efetivos em 2023, o que, em termos de equipamento, se traduzirá em cerca de 600 veículos e material de infantaria, cinco unidades navais e cerca de 30 meios aéreos", indicou Crosetto nas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Defesa, durante a análise das decisões sobre missões.

Para 2023, explicou o ministro italiano, "está também planeado o destacamento no mar Negro de uma unidade naval com capacidades de defesa antiaérea e antimísseis, como contributo para o reforço do espaço aéreo polaco e da área Euro-Atlântica".

A Aliança Atlântica tem contado com maiores destacamentos de tropas e equipamento militar dos seus Estados-membros no flanco oriental da Europa desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro do ano passado, e ali trava uma guerra de ocupação há mais de 14 meses.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 449.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.