Hamas pede a palestinianos que "confrontem" marcha israelita em Jerusalém
A organização islamista Hamas convocou ontem os palestinianos a "enfrentar" a Marcha das Bandeiras de Jerusalém, que junta quinta-feira milhares de israelitas ultranacionalistas para celebrar a ocupação de 1967 da parte oriental da cidade.
"Apelamos ao povo de Jerusalém para mobilizar as massas amanhã para enfrentar a Marcha das Bandeiras em Jerusalém. Apelamos a todo o povo palestiniano em Jerusalém, na Cisjordânia e no interior para enfrentar a ocupação", disse Mushir al-Masr, líder do Hamas no enclave costeiro.
Além disso, várias fações convocaram uma "Marcha das Bandeiras Palestinianas" na quinta-feira, a leste da cidade de Gaza, ao mesmo tempo que a dos israelitas.
"A Marcha da Bandeira Sionista não passará e a resposta virá inevitavelmente", alertou Salah al-Bardawil, um alto funcionário do Hamas.
Por seu lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse estar "comprometido em salvaguardar a segurança de Jerusalém, garantir a sua prosperidade e continuar o seu ímpeto".
"Embora as ameaças não cessem certamente, a nossa capacidade de enfrentar os nossos inimigos, repeli-los e garantir a nossa segurança em Jerusalém e em todo o nosso Estado é uma luta constante. Juntos podemos vencer", acrescentou.
Todos os anos, milhares de israelitas - especialmente jovens da extrema direita nacionalista, religiosa e pró-colonialismo - agitam bandeiras brancas e azuis durante a marcha em Jerusalém, que percorre o bairro muçulmano da Cidade Velha em meio a insultos e ataques contra os palestinos e com slogans como "Morte aos árabes".