Calúnias
Campanhas de ódio contra o jornalismo têm como patrocinadores partidos que recorrem à vitimização
Boa noite!
No dia em que a mãe de Cristiano Ronaldo denunciou “calúnias” de alguns jornais nacionais, alguns agentes da baixa política local tentaram aproveitar a onda para, na aldeia de onde nunca saíram, ensaiar mais episódios da saga desesperada que usa a vitimização em causa própria, como hipotético trunfo eleitoral.
Ainda não há data para as eleições regionais mas os nervosos do costume já espumam raiva, deixando rasto de mentira e difamação nas caixas de comentários, mesmo que recorram ao anonimato e aos perfis falsos. E a escrita sem rosto é um sintoma claro de que a democracia que os sustenta com subvenções não vai nada bem.
Também por isso a missão jornalística revela-se imprescindível, desde que exercida de forma profissional, regulada e escrutinada. Apesar das campanhas de ódio em curso, bem identificadas e que a seu tempo serão denunciadas na plenitude, importa não ceder às ameaças típicas dos ambientes marcadamente intoxicados, às extravagâncias ditadas pelos cobardes ou às exigências das obsessões doentias.
Mesmo que toda esta tralha seja ditada com sobranceria nos palcos onde os vários poderes tendem a estigmatizar quem lhes escapa ao controle, neste ano jornalístico com a marca DIÁRIO e nesta Região excessivamente politizada, tão ou mais importante do que as eleições é contribuir para edificar uma sociedade justa e íntegra em cada gesto e lugar.