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Chefe de gabinete de Galamba afirma que nunca houve intenção de esconder notas de ex-adjunto

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Foto JN

A chefe de gabinete de João Galamba rejeitou hoje qualquer intenção de esconder notas sobre reuniões à comissão de inquérito à TAP, afirmando que o ministro desconhecia a sua existência até 24 de abril, contrariando a versão do ex-adjunto do ministro.

Na audição que decorre esta noite na comissão parlamentar de inquérito à TAP, Eugénia Correia está a ser ouvida pelos deputados, que esta tarde tinham feito a inquirição ao adjunto exonerado por João Galamba, Frederico Pinheiro.

Durante as perguntas do deputado da IL Bernardo Blanco foi trazida a questão sobre as notas de uma reunião preparatória com o Grupo Parlamentar do PS da audição na comissão de economia da ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e que Frederico Pinheiro acusou João Galamba de ter querido ocultar à comissão de inquérito.

A chefe de gabinete de João Galamba, numa longa exposição dos factos, contrariou a versão do ex-adjunto, assegurando que na reunião que foi realizada após a audição da ex-CEO da TAP -- na qual garante que João Galamba não esteve presente "ao contrário" do que disse Frederico Pinheiro, perguntou ao adjunto exonerado "o que tinha acontecido" nesse encontro e este respondeu que "não se lembrava" e que não havia notas.

"Quando tomei conhecimento de que afinal havia notas, solicitei a Cátia Rosas que as pedisse, mas que pedisse o ficheiro informático em que as mesmas foram feitas porque o ficheiro permitiria pelo menos verificar que tinham sido feitas no dia 17 de janeiro. Frederico Pinheiro não entregou o ficheiro informático, mas um papel", referiu.

Eugénia Correia assegurou que não houve "nenhuma intenção de esconder quaisquer notas que até ao dia 24 de abril" nem ela nem João Galamba sabiam que existiam.

A chefe de gabinete referiu-se ainda a uma mensagem enviada por Frederico Pinheiro "a dizer que sempre disse que tinha notas e que havia uma decisão de não entregar as notas à comissão de inquérito". Eugénia Correia notou que essa mensagem de Frederico Pinheiro é posterior àquela em que lhe pediu as notas, o que considerou "até irracional".

"São notas que nunca pretendemos esconder à comissão de inquérito", reiterou, acrescentando que "caberá aferir pelos presentes a veracidade destas notas".