A Guerra Mundo

Kiev entra para centro de ciberdefesa da NATO

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A Ucrânia entrou para o centro de ciberdefesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), anunciou hoje aquela estrutura sediada na Estónia, classificando Kiev tal decisão como "um passo importante no caminho" para ingressar no bloco de defesa ocidental.

O Centro de Excelência Cooperativa de Ciberdefesa da NATO (CCDCOE), situado em Tallinn, acrescentou ter também acolhido a Islândia, a Irlanda e o Japão.

"Estamos particularmente felizes por ver a Ucrânia entre nós", declarou o ministro da Defesa estónio, Hanno Pevkur, citado num comunicado do CCDCOE.

"Isso dá-nos uma hipótese única de contribuir simultaneamente para a defesa da Ucrânia da brutal guerra da Rússia e de aprender com o campo de batalha cibernético para aumentar a cibersegurança de todos os membros", sublinhou.

A embaixadora da Ucrânia na Estónia, Mariana Betsa, saudou este "acontecimento histórico" como "um passo importante no caminho para a adesão da Ucrânia à NATO".

O centro -- que atualmente inclui os Estados-membros da Aliança Atlântica e mais oito países -- foi fundado em 2008 na capital estónia.

Especialistas informáticos da Europa e dos Estados Unidos trabalham neste centro cujo objetivo é proteger as redes de informação da Aliança de defesa ocidental.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 448.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.