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Inundações em Itália provocaram pelo menos oito mortes

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Foto Reuters

Pelo menos oito pessoas morreram e mais de 13.000 habitantes foram evacuados depois de graves inundações, já comparadas a um sismo, terem varrido cidades inteiras na região de Emília Romana, no nordeste de Itália.

A comparação ao sismo que atingiu a região no final de 20212 foi feita pelo presidente do Governo regional de Emília Romana, Stefano Bonaccini.

"Os nossos pensamentos vão para as oito vítimas e para os desaparecidos. Para eles e para as suas famílias vão todas as condolências da região", disse Bonaccini numa conferência de imprensa conjunta com o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi,

Bonaccini anunciou que 13.000 habitantes tiveram de ser evacuados, dos quais 3.000 em Bolonha, 5.000 em Faenza e 5.000 na zona de Ravenna, "mas que os números deverão aumentar".

"Foi como um novo terramoto na véspera do acontecimento catastrófico de 2012 na Emília Romana, cujo aniversário está prestes a ser celebrado. Cerca de 40 municípios foram inundados, estruturas destruídas, caminhos-de-ferro interrompidos, estradas provinciais praticamente demolidas e uma ponte caiu", descreveu.

Entre as vítimas contam-se um homem que foi arrastado por um deslizamento de terras em Casale di Calisese e um casal: Palma Marinella Maraldi, cujo corpo foi encontrado na praia de Zadina di Cesenatico, e o marido, Sauro Manuzzi, que, na altura da enxurrada estavam nos campos em frente à sua casa em Ronta di Cesena e foram arrastados pela água.

Em Faenza, Forli e Ravenna prosseguem as operações de busca e salvamento de pessoas que ficaram presas nas suas casas ou que se refugiaram nos telhados, informou a Protecção Civil italiana.

O presidente do Governo regional de Emília Romana anunciou que se realizará hoje uma reunião interministerial para tomar algumas medidas, tais como o estado de emergência, o que implica a suspensão do pagamento de impostos ou de processos judiciais, como acontece normalmente nas zonas afetadas pelas inundações, bem como ajudas financeiras.

Nesse sentido, Bonaccini adiantou ter falado hoje de manhã com a primeira-ministra, Giorgia Meloni.

Na zona estão a operar 700 unidades de bombeiros, 300 polícias e mil 'carabinieri', bem como 220 voluntários da Cruz Vermelha, 100 do Resgate Alpino e cerca de 340 da Protecção Civil.

A viabilidade das estradas provinciais é crítica, com muitas áreas cortadas, enquanto secções da autoestrada A14, que corre ao longo da costa do Adriático, também tiveram de ser encerradas, assim como o tráfego ferroviário regional "completamente bloqueado".

O tráfego ferroviário nacional e as linhas de alta velocidade estão, porém, a funcionar sem problemas.

As inundações deixaram cerca de 50.000 pessoas sem eletricidade, enquanto outros 100.000 têm problemas com a rede móvel de telecomunicações e 10.000 na rede fixa.

"Estamos sem eletricidade, muitas casas sem comida e com grandes dificuldades com as crianças e os idosos, mas não é altura para desanimar. Temos de continuar", escreveu o presidente da Câmara de Castel Bolognese, Luca Della Godenza, nas redes sociais, após a cheia do rio Senio, que inundou a cidade na província de Ravenna.

Entretanto, o Grande Prémio de Fórmula 1 que se deveria realizar em Imola foi cancelado.