Albuquerque volta a defender a extensão dos 'vistos gold' na Madeira
Chefe do Governo Regional referiu que no universo de 841 milhões de euros transações efectuadas, os vistos gold geraram, "em dois anos, 30 milhões de euros".
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, voltou, esta manhã, a abordar a questão sobre o possível fim dos 'Vistos Gold' na Madeira, uma vez que nesta sexta-feira começam a ser discutidas na Assembleia da República as propostas do programa 'Mais Habitação', entre as quais as propostas de alteração, onde se inclui o fim das Autorizações de Residência para Investimento.
Já foi importante o Primeiro-Ministro dizer que não se aplicavam aqui as limitações do alojamento local. Mas, agora o que nós pretendemos é a extensão dos 'Vistos Gold' para a Madeira, porque nós não podemos ser discriminados. Porquê que [os vistos gold] estiveram lá durante 10 anos e aqui só tivemos um ano? São apenas as cidades de Lisboa e Porto? Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional
"Mas porquê que não há-de continuar? Se é preciso investidores com rendimento elevado, porquê que não vai continuar?", questionou, relembrando que os 'Vistos Gold' não estão apenas relacionados com a questão da aquisição da habitação, mas também "com uma componente muito importante" que é a de trazer para a Madeira o conhecimento científico e inovação tecnológica. "E nós precisamos de o fazer. Se os 'vistos gold' forem conjugados com isto são muito importantes", referiu.
Na ocasião, o chefe do Governo Regional referiu que no universo de 841 milhões de euros transações efectuadas, os vistos gold geraram, "em dois anos, 30 milhões de euros".
As declarações do chefe do Executivo madeirense foram proferidas à margem da assinatura do protocolo entre Governo Regional, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IPATIMUP), e Universidade da Madeira (UMa) para a criação do Centro Internacional de Investigação do Cancro da Madeira (CIIC-Madeira).