Tripulação de 39 pescadores desaparecida após barco chinês afundar no Índico
Um barco de pesca chinês a operar no Oceano Índico afundou e todos os 39 tripulantes a bordo estão desaparecidos, avançou hoje a imprensa estatal.
A cadeia televisiva CCTV noticiou que o naufrágio aconteceu por volta das 03:00 de terça-feira. A tripulação era constituída por chineses, indonésios e filipinos, segundo a mesma fonte.
O Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, ordenaram que os diplomatas chineses no exterior, assim como os ministérios da Agricultura e dos Transporte, apoiem os trabalhos de busca e resgate.
A CCTV não identificou o local exato do naufrágio, mas apenas que ocorreu no centro do vasto Oceano Índico, que se estende do sul da Ásia e da Península Arábica até ao leste da África e ao oeste da Austrália.
O Centro de Comando da Guarda Costeira das Filipinas disse hoje que está a monitorar a situação e a coordenar com a embaixada da China em Manila e as equipas de busca e resgate que estão a operar perto do último local conhecido da embarcação.
O barco Lupenglaiyuanyu Número 8 estava baseado na província costeira oriental de Shandong e era operado pela empresa Penglaiyingyu, de acordo com a imprensa chinesa. Também foi identificado pelos números de casco 18 e 028.
Acredita-se que a China opere a maior frota pesqueira do mundo. Muitas embarcações permanecem no mar durante meses ou mesmo anos seguidos, apoiados por agências estatais de segurança marítima chinesas e uma extensa rede de embarcações de apoio.
Não há informações sobre a causa do naufrágio.
Navios chineses de pesca de lula foram acusados de usar redes largas para capturar ilegalmente atum já sobre-explorado como parte de um aumento na atividade não regulada no Oceano Índico, de acordo com um relatório divulgado em 2021 por um grupo de vigilância com sede na Noruega que destacou as crescentes preocupações sobre a falta de cooperação internacional para proteger as espécies marinhas em alto mar.
Sabe-se que os navios de pesca chineses que operam ilegalmente navegam "no escuro", com o seu dispositivo de rastreamento obrigatório que fornece a posição de um navio desligado, transmitindo de forma intermitente ou fornecendo identificadores falsos. Se esse for o caso no naufrágio, os esforços de resgate e recuperação poderiam tornar-se muito mais difíceis.