UE aguarda novo parlamento e pede solução para deficiências eleitorais
A União Europeia (UE) disse hoje aguardar com expectativa que o novo parlamento turco entre em funções e apelou às autoridades para resolverem as deficiências eleitorais identificadas pelos observadores internacionais às legislativas e presidenciais de domingo.
"A UE está empenhada em que as autoridades nacionais e regionais [da Turquia] resolvam as deficiências identificadas" pela missão de observadores eleitorais internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), dizem, num comunicado conjunto, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e o comissário europeu para o Alargamento, Olivér Várhelyi.
No comunicado, os dois responsáveis sustentam que "a UE atribui a maior importância à necessidade de realizar eleições transparentes, inclusivas e credíveis, em condições de igualdade" e salientam aguardar "com expectativa que o novo parlamento assuma as suas funções".
A missão de observadores internacionais da OSCE assinalou que as eleições legislativas e presidenciais de domingo foram marcadas pela violação de alguns direitos e pelas vantagens de que gozam os candidatos governamentais.
As legislativas deram vitória à Aliança Popular liderada pelo AKP do Presidente e candidato Recep Tayyip Erdogan (49,4%) e que lhe permite renovar a maioria no Parlamento, com a Aliança da Nação que agrupa seis partidos da oposição, a obter 35,1%.
As presidenciais irão a uma segunda volta entre Erdogan (49,5% dos votos no domingo), há vinte anos no poder, e o seu rival Kemal Kiliçdaroglu (45%).
A Turquia obteve o estatuto de país candidato à UE em 1999, estando o processo de adesão congelado por falta de cumprimento de critérios por Ancara.