Direito de resposta
Respondo, não respondo…
João Pedro Mendonça
O que foi escrito, vale o que vale, como se costuma dizer, … e o que este senhor diz ou escreve, tem, de forma sustentada e gradual valido cada vez menos.
Mas como o que escreveu é tão idiota, falacioso, suscetível de indiciar comportamentos, posturas ou procedimentos menos correctos, e fundamentalmente tão motivador à resposta, que aqui vão alguns considerandos.
É confrangedor ver um indivíduo, que até construiu um currículo com alguma relevância (pelo menos regional), e que ainda consegue escrever alguma coisa com pés e cabeça, com a capa (leia-se, vozaria, truculência, berraria) e ainda alguma fogosidade, deslizar para, caminhos, escritos, opiniões que valem na realidade cada vez menos, que o desacreditam e tendem a apagar o que de menos mau fez na vida.
Veja-se a forma como tem saído de Instituições que foram parte da sua vida, e que eventualmente o deviam recordar de outra forma.
Como saiu do CD Nacional, depois de anos e anos a idolatrar, a tecer os maiores elogios e a bajular o actual Presidente;
Como saiu do Clube de Golfe do Santo da Serra…
Como foi considerado pelos militantes do PSD na Eleição interna onde, na medida da sua credibilidade, conseguiu uma votação residual…
Hoje, sem nada a perder, permite-se dizer pela boca fora ou escrever pelas teclas adentro, o que lhe vai numa cabeça, gradualmente menos esclarecida.
Vamos então, de forma obediente e a tremer, ao “para já responda ponto por ponto”:
Ser a voz do “chefe” , dificuldade em me explicar, ter vergonha do que digo, … são aleivosias, que quem me conhece não necessita que contra-argumente.
Agora e sem necessitar de “cabecinha dourada”, porque as perguntas são tão primárias, fáceis de responder, embrulhadas duma forma ameaçadora mas com um conteúdo completamente pífio, digo-lhe:
Se teria algum cargo no Clube se não fosse filho de quem sou, não sei, só perguntando a quem me convidou, mas acho que sim, os mesmos cargos;
Quanto às questões relacionadas com a minha remuneração, se calhar aquelas com maior impacto para a opinião pública e que são colocadas com intenções tão óbvias quanto mesquinhas, são as que me embaraçam, … não pelo que tenho recebido do Clube, mas pela vergonha que tenho do valor que recebo, quando recebo, que contrasta impressionantemente, com o que reiteradamente tenho pugnado, enquanto responsável máximo da AMEF (aqui, penso, sem influência do meu Pai…), no que diz respeito á remuneração dos médicos no futebol, nomeadamente um especialista em Medicina Desportiva e em Ortopedia e Traumatologia, como eu.
Mais, para me sentir ainda mais embaraçado, não tenho qualquer contrato, nunca tive, com ou sem prazo.
Quanto ao valor das remunerações que recebi (quando recebi, … foram vários os anos em que, por mútuo acordo, não houve remuneração) ao longo destes 28 anos (sou responsável pelo Dep. Clínico do Clube desde 1995), podem obviamente ser consultadas nas contas do Clube, e que eu aqui me escuso de divulgar para não ferir a dignidade e importância de uma classe pela qual eu tanto tenho lutado.
Para atenuar a “vergonha” que atrás referi, resta-me a consolação de ter a convicção que só mesmo no meu Clube aceitava trabalhar… nestes moldes.
Se sei que, o causador deste tempo que estou aqui a perder, nunca recebeu dinheiro do Nacional? … era o que faltava, o Nacional não é nenhuma instituição de caridade, e porque é que eu nunca refiro saber que o meu Pai insistia para que o substituísse na presidência do Clube? … porque não sabia dessa preferência em relação aos outros vice-presidentes de então (se fosse como o Dr. A.J. Jardim, na escolha, ou na manifestação de apoio, se calhar não era mesmo a preferência…).
Quanto à minha participação / colaboração na campanha eleitoral, mais uma vez disse o que pensava, pela minha cabeça, em relação a vários temas, nomeadamente à gestão e futebol, … e os sócios, depois de também o ouvirem, penso que acharam que ignorante… não era eu.
Se protejo a minha posição no Clube, sendo comentador em representação do mesmo? Acho que não.
Enfim, é pena todo esse rancor, opiniões descabidas, opções perdedoras e tão pouco inteligentes… que o seu passado não merecia.
Mas isso é lá consigo.
Agora, e de um “pavão louro” para um cavalo de gravata, e de uma “cabecinha dourada” para uma já enferrujada, descanse (que bem precisa), não comece já a pensar na forma como vai ripostar e agredir (não agride quem quer…) e, não prejudique o Clube, que embora não pareça, penso que ainda é o seu.
João Pedro Mendonça