Madeira

Diplomas sobre autodeterminação e identidade de género são “autêntica aberração”

Valores da família e protecção das crianças devem manter-se, defende Barreto

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Militantes do CDS-PP Madeira celebraram, hoje, o Dia da Família, na Calheta

O habitual convívio, que juntou dezenas de democratas-cristãos madeirenses, na Fonte do Bispo, este sábado, ficou marcado pela intervenção do líder regional do CDS-PP, Rui Barreto, que classificou a legislação relativa à autodeterminação e identidade de género como “uma autêntica aberração”, por contraposição aos valores tradicionais da família.

Barreto aproveitou a ocasião e a celebração da família para defender que “valores como o valor da família e a protecção das crianças se devem manter”. E, neste sentido, referiu que “há um conjunto de diplomas que se vão discutir na Assembleia da República e que têm a ver com a autodeterminação e identidade de género onde se quer legislar, não para proteger as crianças e os direitos das mesmas, mas, no seu entender, para desprotegê-las. "Uma autêntica aberração", disse.

“Estamos a falar, por exemplo, de permitir casas de banho mistas para crianças dos 6 aos 12 anos, em que o menino, que ainda não tem o seu quadro psicológico e as suas aptidões e desenvolvimento cognitivo formados e que deveria estar a aprender a ler e a fazer cálculo, pretendem introduzir ideologia de gênero e sexualidade a esse mesmo menino, dizendo que ele pode escolher a casa de banho que quiser porque ele acha-se no direito de aos 6, 7 ou 8 anos achar-se menino ou menina”, explicou.

O líder do CDS-PP Madeira apontou ainda que “estão a tentar legislar para que os pais possam definir à nascença nomes neutros para os seus filhos”. “Ele pode ser o N e decidirá mais tarde se é o Nuno ou se é a Nádia. Isto é uma aberração, uma inversão total de prioridades e uma desprotevção total das crianças”, insistiu o centrista.

 “Nós CDS, somos totalmente contra”, assumiu Barreto, salvaguardando que não se referia aos adultos.

"Estou a falar de uma legislação que tem a ver com a identidade de género, diplomas que vão ser discutidos na Assembleia da República em que se está a introduzir ideologia de gênero a crianças que não têm o seu quadro estrutural psicológico definido para introduzir variantes de escolhas e orientações sexuais que podem levar a problemas graves na estrutura psíquica dessas crianças”, sustentou.

O líder regional lançou ainda um apelo aqueles que acreditam numa “estrutura de sociedade equilibrada” para que "protejam as crianças e não permitam que isso venha a ser legislado".

Posto isto, Rui Barreto lamentou que o CDS não tenha representação na Assembleia da República porque seria um defensor acérrimo destes valores. “Não é o Estado, não são alguns deputados que vão decidir o que as crianças vão ser. Os pais não são donos das crianças, mas o Estado muito menos. E não se pode por experimentalismos, alterar a ordem das coisas e a Declaração dos Direitos da Criança”, sublinhou.

Para finalizar, o líder do CDS-PP Madeira aproveitou a oportunidade para elencar algumas medidas que têm sido implementadas na Região Autónoma da Madeira, no sentido de minimizar os efeitos negativos das famílias provocados por uma inflação global e subida das taxas de juros.