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O PS-M tem tudo para ganhar

As eleições na Madeira, que ocorrerão dentro de aproximadamente 5 meses, são mais uma grande oportunidade para o PS M mobilizar o eleitorado, ganhar a sua confiança e governar, pela primeira vez em 50 anos. As condições e o contexto foram adequadamente proporcionadas, em alguns casos sem qualquer interferência político/partidária.

Depois de uma dura pandemia e com uma guerra na Europa, que surgiu logo de seguida, a economia regional tremeu e, como seria de esperar, fragilizou as condições sociais dos madeirenses.

Este contexto difícil exigia um posicionamento firme do PS-M na defesa dos interesses dos madeirenses, obrigando ao governo regional a mostrar que estava à altura das circunstâncias . Sem alaridos inconsequentes ou histerismo desnecessários, o papel da alternativa seria sempre o de criar todas as condições para que o poder executivo regional não encontrasse desculpas para não fazer o que lhe competia. De resto, a política feita nos corredores dos tribunais já foi testada através de malas e um avião da força aérea com documentos (divida oculta) recheado de acusações que sucumbiram entre o aeroporto da Madeira e o Ministério Público.

No que era possível fazer no plano da Assembleia da República, a RAM tem tido total solidariedade nacional, com o governo socialista a mostrar que nenhum português fica para trás. Além de todos os mecanismos que suportaram os efeitos da covid19, onde se destacam o layoff, as moratórias, a vacinação e todos os apoios dirigidos aos mais frágeis, que aliviaram o governo regional das suas responsabilidades, os mais de 9 000 milhões de euros para combater os efeitos da inflação também chegaram à região beneficiando os nossos concidadãos. Não se tratam nem de esmolas, nem de favores, mas nem sempre foi assim! Se juntarmos a tudo isto o co-financiamento do novo hospital que transfere mais de 160 milhões para a Madeira, ou 100 milhões para os cabos submarinos, ou as obras em curso nas esquadras, ou a bondade da dimensão dos fundos, seja PRR, seja o próximo quadro, que concede à Região meios financeiros nunca vistos para um período tão curto, seja ainda a resolução de muitos dossiers que o governo PSD/CDS colocou na gaveta ou mesmo outros governos socialistas ignoraram, estamos perante um contexto positivo que ajuda a mostrar as vantagens dos madeirenses confiarem no PS. Portanto, no plano meramente das concretizações há abundantes factos que demonstram que o PS não falhou aos madeirenses e, podemos mesmo concluir, que nunca como neste período, o governo da república atendeu com tanto entusiasmo e cuidado os interesses da Madeira. O PS-M tem, por isso, um colossal conjunto de coisas boas que foram sendo construídas nos últimos anos e deve usar e abusar para relevar a sua capacidade de atender aos interesses dos seus concidadãos. Além disso, o contexto de inflação e eventual dificuldade económica não favorece quem governa. Por outro lado, o PS-M elegeu um líder 15 dias depois das eleições nacionais, sem oposição e com o total apoio do anterior Presidente, que se demitiu por causa do resultado eleitoral autárquico, mas que apadrinhou a solução e fez-se Responsável máximo da Comissão Regional, órgão principal da estrutura socialista local. Finalmente, parece também existir entre as figuras principais da direcção socialista a forte convicção sobre o que é decisivo e importante para que os madeirenses reparem no projecto político a ser sufragado. Está espalhado pela Madeira inteira, através de cartazes, factos negativos que, por si só, podem levar os eleitores da Região a mudar de voto e confiar no PS-M. Não faltam por isso condições de contexto económico e social, demonstrações de apoio governativo nacional e, não menos importante, estabilidade interna para que o PS-M, desta vez, seja vitorioso e ofereça aos madeirenses uma nova abordagem governativa que torne a nossa democracia mais robusta e os madeirenses mais felizes. Resta saber se Sérgio Gonçalves terá a autonomia que baste para concretizar este caminho!