JPP questiona sobre quem ganha com a falta de plano de contingência do aeroporto
O Juntos Pelo Povo, numa iniciativa realizada esta manhã, abordou duas questões que continuam por resolver, em relação ao Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo. Os novos radares "que tardam em chegar" e o plano de contingência que ainda não foi criado.
Lina Pereira, que foi a porta-voz desta iniciativa, falou sobre a temática que está na ordem do dia mediante a inoperacionalidade recente do aeroporto devido ao vento forte. "São milhares de passageiros que, não conseguindo aterrar, ficam dias à espera de novo voo. Quando vêm de férias, vários são os turistas que já não conseguem usufruir da sua estadia”, referiu.
A porta-voz destacou os prémios atribuídos à Região, Melhor Destino Insular do Mundo, que “para além de ter o aeroporto com as taxas aeroportuárias mais caras do País, continua sem ter um verdadeiro Plano de Contingência que permita, em condições adversas, criar uma alternativa aos passageiros e trabalhadores”.
Neste âmbito, o JPP defende “o aproveitamento do aeroporto do Porto Santo e a posterior ligação marítima via ferry, entre o Porto Santo e o Caniçal”, aliás, “solução apresentada no próprio Plano de Desenvolvimento Económico e Social da RAM 2030, aprovado e publicado em Diário da República desde 2020”.
É “incompreensível que esta situação continue a acontecer. Os nossos governantes preferem continuar a divergir voos para a origem, penalizando residentes e turistas durante dias, do que dar luz verde à ligação marítima rápida, via Ferry, entre o Porto Santo e o Caniçal”.
“Sabemos que isto exigiria investimento nas infraestruturas, quer no aeroporto do Porto Santo, quer no porto do Caniçal mas, o que demora dois ou três dias para resolver poderia levar, apenas, duas ou três horas se houvesse vontade política para concretizar”, frisou Lina Pereira.
O partido considera que tudo isto é prova de que "algo está mal. Os passageiros continuam a sair prejudicados durante dias, com impacto direto no setor económico da Região e na dinâmica das famílias, sem que os Governos efetivem uma verdadeira alternativa ao Aeroporto Internacional da Madeira quando este se encontra encerrado”.
“Perguntamos: de que está à espera o Governo Regional? Continuam a prejudicar passageiros, turistas e residentes, para o ganho de quem?”, indagou a porta-voz. “A única certeza que lhe posso dar é de que, não são, definitivamente, os Passageiros a ganhar com tudo isto”, concluiu Lina Pereira.