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Coesão, democracia e desenvolvimento

Ouvimos muitos gritos e muito esbracejar por parte de alguns que desdenham esta democracia

Numa sociedade democrática, as pessoas têm a oportunidade de participar nas decisões que afetam as suas vidas e comunidades. A democracia permite que as pessoas expressem as suas opiniões e preocupações, participem de debates públicos e influenciem as políticas públicas implementadas nas suas sociedades. Uma sociedade democrática também é mais propensa a ser coesa, ou seja, ter um senso de unidade e solidariedade entre os seus membros. Isso porque a democracia promove a inclusão e a igualdade, respeita as liberdades civis e políticas, e permite que pessoas de diferentes origens e perspetivas se sintam representadas e envolvidas nas decisões coletivas.

Por outro lado, quando a democracia é fraca, ou ausente as pessoas sentem-se excluídas, marginalizadas, ou descontentes com as decisões tomadas pelas autoridades. Esta situação pode levar à polarização, ao conflito e à fragmentação social, prejudicando a coesão social. A democracia pode ser vista como um meio de alcançar a coesão social, promovendo a participação, igualdade, inclusão e o respeito pelas liberdades civis e políticas. Talvez aqui, com uma política local de combate às assimetrias, seja possível repensar uma estrutura não formal representativa do poder. Estou a referir-me aos grupos de reflexão local.

Mais coesão significa mais desenvolvimento. E não há como começar a construir sem as fundações. Mais democracia, à partida, produz maior resiliência, tanto no nível individual quanto no coletivo. A democracia permite que as pessoas tenham uma voz ativa nos processos de decisão que afetam as suas vidas. Também é nela que se fornece um sistema de proteção legal e institucional para que os direitos de todos e de cada um sejam respeitados.

É importante lembrar que a democracia não é uma panaceia e não garante automaticamente resiliência. Os compromissos contínuos com a participação de todos, com a transparência e com responsabilidade são necessários para que os sistemas democráticos sejam eficazes na promoção da cidadania e do desenvolvimento na sociedade.

Ouvimos muitos gritos e muito esbracejar por parte de alguns que desdenham esta democracia, que no caso português celebra meio século. Mas esses, que apenas se ouvem a si mesmos, só podem cuspir ódios e desprezos porque vivem nesta democracia. Mas baixo que isto não existe: o desdém pela liberdade.

Fascismo nunca mais. Queremos liberdade individual e política. Queremos liberdade de expressão, imprensa e associação. Não queremos o controlo centralizado e o seu autoritarismo. Abril foi o mês da Liberdade e até tu, desventurado, que te achas de uma casta esclarecida, podes dizer o que pensas.