Chega apela à seriedade na resolução da questão do Aeroporto da Madeira
Miguel Castro propõe duas ligações marítimas diárias entre o Porto Santo e o Caniçal
Depois de ao longo desta semanas as condições atmosféricas terem levado ao cancelamento de mais de uma centena de voos no Aeroporto Internacional da Madeira, o Chega pede "seriedade" na resolução da questão.
Miguel Castro, líder do Chega-Madeira, defende que a recorrência cada vez mais frequente de situações caóticas no Aeroporto da Madeira "exige do Governo Regional uma maior proactividade, não só no sentido de desenvolver diligências mais eficientes junto do Governo da República para que seja rapidamente ultrapassado o atraso no fornecimento de radares, mas também no sentido de elaborar um eficaz plano de contingência que estabeleça o Aeroporto do Porto Santo como aeroporto alternativo e garanta a necessária coordenação com o ramo hoteleiro local".
Os cidadãos da Região, assim como as pessoas que nos visitam, legitimamente esperam mais dos nossos responsáveis políticos do que declarações impensadas e levianas, como as feitas pelo presidente do governo, de que o plano de contingência é esperar que o vento passe. Quando esta é a postura da pessoa responsável por apresentar soluções para a vida da Madeira e do Porto Santo, então estamos muito mal, de facto. Chega Madeira
Para o presidente do Chega-Madeira, resolver a questão problemática do aeroporto, muitas vezes causada por factores que estão fora do controle humano, requer "empenho, seriedade, inteligência e capacidade de diálogo com os agentes económicos e turísticos cuja acção é mais directamente afectada por irregularidades nas chegadas e partidas dos voos".
Quanto à questão da falta de hotéis no Porto Santo, Miguel Castro propõe uma "operação especial de escoamento e transbordo de passageiros com a coadjuvante de uma ou duas ligações marítimas diárias, havendo essa necessidade, entre o Porto Santo e o Caniçal, minimizando em muito os custos para os operadores, para a Região e acima de tudo os transtornos para os passageiros"..
É preciso saber sentar à mesa os principais agentes económicos e turísticos e liderar um diálogo construtivo que permita à Região assegurar alguma estabilidade, mesmo quando as condições atmosféricas no aeroporto são adversas. A seriedade dos riscos que o aeroporto fechado aporta para a vida social e económica da Madeira e do Porto Santo deveria estimular o governo e a maioria parlamentar que o suporta a agir mais e de forma séria, em vez de se limitar a declarações lacónicas e infelizes, que, acima tudo, ficam muito mal em quem as profere. Chega Madeira