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CGTP defende aumento imediato de 10% nos salários com mínimo de 100 euros

Decorreu hoje um comício no âmbito das comemorações do Dia do Trabalhador, na Alameda, em Lisboa. 
Decorreu hoje um comício no âmbito das comemorações do Dia do Trabalhador, na Alameda, em Lisboa. , Foto: MIGUEL A. LOPES/LUSA

A secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) defendeu hoje um aumento imediato de 10% nos salários, com um mínimo de 100 euros e retroativos a janeiro, salientando que esta medida é a questão central.

"O salário nacional afasta-se cada vez mais da média salarial da União Europeia, defendemos um aumento imediato de 10%, no mínimo de 100 euros, com efeitos a janeiro, e aumentos intercalares no imediato para todos os que não tiverem aumento ou caso este tenha ficado aquém das necessidades", disse Isabel Camarinha, no discurso que fez hoje nas comemorações do 1º de Maio, na Alameda, em Lisboa.

"Não é com medidazinhas que Portugal vai sair do empobrecimento"

A secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Isabel Camarinha, disse hoje que "não é com medidazinhas" que Portugal "vai sair do empobrecimento", no início da tradicional manifestação que assinala o 1.º de Maio.

Vincando que "um em cada dez portugueses estão em situação de pobreza", a sindicalista disse que "o salário tem mesmo de aumentar" para 850 euros, e deixou argumentos para quem considera que isso não é possível.

"Para quem nos diz que não é possível por isto ou por aquilo, lembramos os efeitos que a recuperação económica, ainda que limitada, e de direitos entre 2015 e 2019, teve, e contrapomos com os anos anteriores do PSD/CDS e troika; a economia aguenta, sim, e até agradece, porque é o poder aquisitivo dos salários e das pensões que desenvolve a economia", disse a líder da CGTP.